De volta à escola: entre os limites de ser e as possibilidade de viver

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Suzarte, Odezina
Orientador(a): Sardenberg, Cecília Maria Bacellar
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/6374
Resumo: Neste estudo, imagens das trajetórias de vida e de escolarização de mulheres, moradoras do bairro da Mata Escura, pontilhadas por situações reais de negação e/ou limitação de direitos e, ao mesmo tempo, configurada por promessas de re-significação e projeção, orientaram o propósito de investigar se o rompimento com os limites estabelecidos no âmbito social e familiar para retornar à escola significa para essas mulheres perspectiva de empoderamento. Situam-se os resultados do tratamento dado ao conteúdo de relatos de um grupo de mulheres de classe popular, estudantes de escola pública, que após difícil caminhada de luta pela sobrevivência iniciam ou retornam à escola, e nela vivenciam novas situações e experiências, impondo-se a si a necessidade da escolarização como instrumental de importância relevante para o seu desenvolvimento pessoal e profissional; cuja sistematização de ideias buscou compreender as condições que lhes possibilitaram o acesso e conduziram ao abandono, e posterior retorno à escola, o que se passou entre a saída e a volta à escola: as condições heterogêneas de vida, cultura, valores expectativas; refletir sobre os sentidos que conferem ao estudo e aos saberes escolares; identificar as expectativas em torno da educação escolar e as transformações que instaurou em suas vidas, traduzindo imagens que explicitam a busca por escolarização na perspectiva de empoderamento. Assim, reúne um conjunto de ideias cuja análise em diálogo com estudiosos da educação permitiu evidenciar que a escola é para essas mulheres um espaço de “esperança” e “liberdade”, e o conhecimento adquirido com a escolarização um caminho possível para exercê-las com consciência. O significado da volta à escola está imbricado à concepção de emancipação social e individual, de autonomia; e a educação escolar é uma possibilidade de prover-se de um novo instrumental, a capacidade de conhecer e de atuar, ou até mesmo de (re) significar/transformar a realidade, sendo, portanto, força vital para garantia do seu empoderamento.