Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Andrade, Fabrine Souza de
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Orientador(a): |
Lima, Suzana Telles da Cunha
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Banca de defesa: |
Lima, Suzana Telles da Cunha
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Nascimento, Ravena Pereira
,
Caires, Taiara Aguiar
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Bahia
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação Multicêntrico em Bioquímica e Biologia Molecular (PMBqBM)
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Departamento: |
Instituto de Ciências da Saúde - ICS
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/40994
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Resumo: |
O interesse crescente em microalgas deve-se às suas características fotossintetizantes e ampla distribuição global, tornando-as promissoras para a produção de compostos bioativos de elevado valor biológico e biotecnológico e em diversas áreas. Ao promover alterações nas condições de cultivo desses organismos, a produção desses compostos pode ser alterada, podendo aumentar a eficácia na sua potencialidade. Este trabalho teve como objetivo avaliar a atividade antioxidante, o perfil fitoquímico e os compostos fenólicos das microalgas Pyramimonas virginica e Tetraselmis gracilis em resposta a variações no pH (3,0 e 5,0). A atividade antioxidante foi medida pelo método de sequestro do radical 2,2-difenil-1-picril-hidrazil (DPPH), enquanto a quantidade de fenóis foi determinada pelo método de Folin-Ciocalteu. A toxicidade foi avaliada com teste frente à Artemia salina e o perfil fitoquímico dos extratos etanólicos foi obtido por triagem qualitativa. Os resultados mostraram que o crescimento das microalgas foi similar para as duas espécies, mas as cultivadas a pH 3,0 apresentaram uma diminuição significativa na densidade óptica, indicando menor produção de biomassa até chegar a morte celular. No pH 5,0, ambas as espécies mostraram um aumento na densidade óptica comparável ao controle (pH 7,0). P. virginica apresentou maior rendimento (0,984 g∙L⁻¹) em comparação com T. gracilis (0,482 g∙L⁻¹), enquanto os rendimentos para o controle foram 1,102 g∙L⁻¹ e 1,065 g∙L⁻¹, respectivamente. Nos extratos etanólicos, a concentração inibitória antioxidante necessária para reduzir a concentração inicial de DPPH em 50% (IC50) de P. virginica aumentou aproximadamente quatro vezes no pH 5,0 (17,09 mg∙mL⁻¹) em comparação à amostra do pH controle (4,52 mg∙mL⁻¹). Para T. gracilis, a IC50 foi ligeiramente reduzida de 16,7 mg∙mL⁻¹ no controle para 12,57 mg∙mL⁻¹ quando submetida ao cultivo acídico, demonstrando maior atividade antioxidante nessa amostra. A triagem fitoquímica qualitativa revelou a presença de flavonoides em ambas as espécies e polifenóis em T. gracilis. No caso dos compostos fenólicos, P. virginica destacou-se com o maior teor no pH neutro (11,10 ± 0,032 mg EAG/g de extrato), enquanto T. gracilis apresentou aumento na concentração de compostos fenólicos no pH ácido (7,36 ± 0,012 mg EAG/g de extrato), corroborando com a atividade antioxidante encontrada. No teste de toxicidade, os extratos etanólicos não foram consideradas tóxicos para a A. salina. Estes resultados evidenciam que a produção de compostos bioativos das microalgas pode ser significativamente modulada por condições de cultivo, como pH, refletindo atoxicidade e um aumento no potencial antioxidante em condições de pH baixo. |