Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Silva, Rosangela Souza da |
Orientador(a): |
Silva, Maria Cecilia de Paula |
Banca de defesa: |
Siqueira, Maria de Lourdes,
Silva, Ana Célia da,
Silva, Elenita Pinheiro de Queiroz,
Santiago, Ana Rita,
Bordas, Miguel Angel García,
Silva, Maria Cecilia de Paula |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Faculdade de Educação
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Programa de Pós-Graduação: |
Educação
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/32703
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Resumo: |
Esta tese objetivou compreender como as/os estudantes negras e negros do Centro de Formação de Professores, da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (CFP/UFRB), realizam a (des) construção e mobilização de suas identidades negras, a partir dos seus corpos. De cunho qualitativo, realizou-se um estudo de caso, com base em documentos, fontes primárias e secundárias, entrevistas semiestruturadas, diário de campo, entre outros. A partir da investigação de aspectos históricos sobre a origem da UFRB em meio a transformações econômicas, políticas e educacionais, no Brasil, como a ampliação e interiorização do ensino público federal, passeou-se pela organização administrativa, acadêmico-científica, dinâmica sociocultural e étnico-racial do CFP/UFRB. Este centro foi escolhido por possuir 66,32% de estudantes negras e negros. Abordamos o processo de implementação das políticas de ações afirmativas no Brasil, em específico, a adoção das cotas raciais, cuja ação do movimento social negro foi precípua para garantir o acesso das populações negras ao ensino superior público, onde predominava a exaltação da suposta democracia racial, e levar para a sociedade a discussão das causas das desigualdades produzidas pelo racismo. Como resultados, as narrativas possibilitaram a compreensão de como identidades e corpos negros se realizam a partir do ir e vir cotidiano, de espaços de pertença e múltiplos trânsitos na formação universitária. Essas narrativas registram o caráter social, cultural e eminentemente político dos corpos negros no processo de (des) construção e mobilização das identidades no processo educacional. Das conclusões, destacou-se a produção de uma educação situada nas tessituras corporais negras que significam e ressignificam as experiências no âmbito do Centro de Formação de Professores. Tais experiências possibilitaram transformações importantes na lógica de pertencimento e de valorização dos corpos e das identidades negras dos estudantes deste lugar, sendo importante registro do acerto desta política de ações afirmativas na educação superior no Brasil que viabilizou a efetiva democratização deste ensino, marcada, também, pela interiorização, o que beneficiou grupos historicamente excluídos do acesso à universidade. |