Detalhes bibliográficos
| Ano de defesa: |
2025 |
| Autor(a) principal: |
Dias, Honorata
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| Orientador(a): |
Techio, Elza Maria
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| Banca de defesa: |
Techio, Elza Maria
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Gouveia, Raimundo Cândido de
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Torres, Ana Raquel Rosa
,
Lima, Aluísio Ferreira de
,
Röwer, Joana Elisa
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| Tipo de documento: |
Tese
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| Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
| Idioma: |
por |
| Instituição de defesa: |
e.g. Universidade Federal da Bahia
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| Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Psicologia (PPGPSI)
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| Departamento: |
Instituto de Psicologia
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| País: |
Brasil
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| Palavras-chave em Português: |
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| Área do conhecimento CNPq: |
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| Link de acesso: |
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/41562
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Resumo: |
A identidade racial é uma parte essencial na constituição do indivíduo. Ela se refere à maneira como uma pessoa se reconhece e é reconhecida com base na pertença a grupos raciais ou étnicos. O reconhecimento e a valorização dessa identidade são cruciais para a promoção de um mundo mais justo e respeitoso com a diversidade e inclusão social. As questões raciais no Brasil são complexas e têm profundas raízes históricas, como a escravidão, herança colonial, desigualdades socioeconômicas e violências, porém também estão marcadas por movimentos sociais e luta por direitos. Neste cenário, a presente tese tem como objetivo analisar o processo da consolidação da identidade racial negra em universitários afro-brasileiros. Para atingir este objetivo, propomos uma pesquisa composta por três estudos estruturados da seguinte forma: no primeiro estudo, temos como foco a análise de narrativas de história de vida de universitários afro-brasileiros; o segundo estudo tem por objetivo a validação psicométrica do Inventário Multidimensional da Identidade Negra (IMIN) para o contexto brasileiro (SELLERS et al., 1997); e o terceiro estudo visa analisar a importância da universidade para a consolidação da identidade racial negra. Todos os participantes dos três estudos foram universitários autodeclarados negros oriundos de universidades federais ou institutos federais. No primeiro estudo participaram quatro estudantes universitários que descreveram sua história de vida destacando a consolidação da identidade racial negra na trajetória de vida. Os relatos permitiram identificar que a conscientização e a autoafirmação racial são profundamente influenciadas por vivências específicas, como o acesso à educação superior, que proporcionou oportunidades de reflexão crítica sobre a população negra no Brasil e a interação com outros membros da comunidade negra por meio dos movimentos sociais e grupos étnicos-raciais. Estas experiências não apenas promovem o orgulho racial, mas também oferecem suporte emocional e intelectual no enfrentamento do racismo estrutural e cotidiano. No segundo estudo tínhamos como objetivo a validação psicométrica do IMIN ao contexto brasileiro. Os resultados possibilitaram encontrar bons indicadores psicométricos para uma versão reduzida de 21 itens (IMINR), viabilizando a mensuração mais precisa de fenômenos psicossociais complexos como a identidade racial negra. No terceiro estudo, tínhamos como objetivo analisar o papel que a universidade ocupa na consolidação da identidade racial negra. Os resultados apontam para a influência do contexto social e da contribuição dos grupos étnicos/raciais na consolidação da identidade racial negra, também refletem o papel que as políticas públicas de democratização do ensino superior ocupam na inclusão de minorias sociais ao ensino superior e na consolidação da identidade racial negra. De modo geral, estes estudos demonstram o quanto as políticas de inclusão na educação representam avanços significativos para o enfrentamento das desigualdades sociais, da exclusão social e do racismo no Brasil, possibilitando espaços reflexivos em relação às questões étnico-raciais. |
