Desterpenação de óleo essencial utilizando líquidos iônicos.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Souza, Fernanda Manuela Ganem lattes
Orientador(a): Mattedi, Silvana
Banca de defesa: Silva, Ana Cristina Morais da, Mattedi, Silvana, Gois, Luiz Mário Nelson de, Ceriani, Roberta, Cardozo Filho, Lúcio, Vianna , Regina Ferreira
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Engenharia Quimica (PPEQ) 
Departamento: Escola Politécnica
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/39376
Resumo: Estima-se que 3000 óleos essenciais são conhecidos, destes, 300 são comercialmente atraentes. A maior parte dos óleos essenciais são destinados ao mercado de aromas e fragrâncias. Os óleos cítricos são um dos mais utilizados em diferentes ramos da indústria, no entanto, devido à grande quantidade de compostos terpênicos e a sua instabilidade química, um processo de remoção de terpenos, denominado desterpenação, precisa ser empregado para preservação das características organolépticas do óleo. Assim, o presente estudo tem como objetivo principal a investigação da desterpenação de óleos essenciais cítricos utilizando líquidos iônicos ([C2mim][OAc] e [C4mim][OAc]) como solventes. Para tanto, foi necessária a determinação experimental dos dados ELV a 5 kPa a partir de um destilador Fischer e a modelagem termodinâmica considerando as equações de NRTL e UNIQUAC. Diferentes operações unitárias para a desterpenação foram simuladas no Aspen Plus, incluindo extração, destilação simples e destilação extrativa, com uma corrente de alimentação de óleo modelo de laranja (limoneno e linalol) de 1000 kg/h. Na extração líquido-líquido, usando líquidos iônicos, a desterpenação atingiu apenas 70% de pureza. A destilação simples sob pressão atmosférica mostrou-se inviável, mas a destilação à vácuo exigiu muitos estágios e alto consumo energético para obter purezas de 99%. A destilação extrativa com líquidos iônicos foi a mais promissora, alterando a volatilidade dos componentes com sucesso. Com 15 pratos e razão de refluxo de 1,0, obteve-se linalol puro com 25 kg/h de solvente. Aumentando para 100 kg/h de solvente, foram necessários apenas 10 pratos e razão de refluxo de 0,5. No entanto, a recuperação do líquido iônico foi um desafio, assim, uma configuração alternativa foi investigada, a destilação extrativa com uma coluna de stripping. Os resultados foram competitivos, sendo vantajosa para altas purezas e altas taxas de fluxo de solvente, embora exigisse mais energia. Os líquidos iônicos destacaram-se como solventes devido às interações favoráveis, impulsionadas pelo caráter aceitador de ligação de hidrogênio do ânion. Por conclusão, o estudo desempenha um papel crucial na área de óleos essenciais, destacando a eficácia dos líquidos iônicos na desterpenação via destilação extrativa.