Utilização de ranelato de estrôncio associado a biometrias para regeneração óssea

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Barreto, Isabela Cerqueira
Orientador(a): Rosa, Fabiana Paim
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Programa de Pós-Graduação em Processos Interativos dos Órgãos e Sistemas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/9069
Resumo: A medicina regenerativa busca o reparo de tecidos lesionados, por meio do controle e ampliação da capacidade natural de regeneração dos tecidos. A bioengenharia tecidual óssea insere-se neste contexto e visa à utilização de biomateriais que atuem como arcabouços capazes de regenerar defeitos ósseos de dimensões críticas com a finalidade de restabelecer a função e/ou estética do indivíduo acometido. Com o intuito de se alcançar um incremento do reparo ósseo, produzido localmente pelos biomateriais, quando implantados em defeitos críticos, pode-se instituir uma estratégia de atuação no metabolismo ósseo com o medicamento ranelato de estrôncio, com a associação do efeito local e sistêmico. Portanto, o objetivo deste trabalho foi avaliar, por meio de análise histomorfométrica, o potencial osteogênico do ranelato de estrôncio associado a microesferas de hidroxiapatita, juntamente com selante de fibrina, para regeneração em defeito ósseo crítico. Foram utilizados 64 rattus norvegicus da linhagem wistar, albinos, machos, adultos, que receberam via oral diariamente 900 mg/ Kg de ranelato de estrôncio, nos quais se realizou defeito ósseo crítico transfixado de 8,5 mm de diâmetro na região da calvária. Estes animais foram distribuídos aleatoriamente em quatro grupos - grupo controle com administração do ranelato de estrôncio (GCRS) - defeito ósseo sem implantação de biomaterial, apenas com a presença do coágulo sanguíneo; grupo hidroxiapatita com administração de ranelato de estrôncio (GHARS) - defeito ósseo com implantação de microesferas de HA; grupo fibrina com administração de ranelato de estrôncio (GFRS) - defeito ósseo com implantação de fibrina; e grupo hidroxiapatita associado à fibrina (GHAFRS) - defeito ósseo com implantação de microesferas de HA e fibrina; os grupos citados foram comparados com grupos controle-negativo (GC, GHA, GF, GHAF), cujo modelo animal foi similar, porém os animais não receberam o medicamento ranelato de estrôncio. Os animais foram sacrificados aos 15, 45 e 120 dias de pós-operatório e analisados por meio de microscopia óptica e, ainda, os grupos GC e GCRS foram avaliados, no ponto biológico de 120 dias, por microscopia eletrônica de varredura, microscopia eletrônica de transmissão e por espectrometria de energia dispersiva de raios-X. A administração do ranelato de estrôncio promoveu a regeneração parcial do defeito ósseo, sem o restabelecimento do volume ósseo original, com maior percentual de neoformação óssea quando utilizado sem associação com biomateriais; o elemento estrôncio foi incorporado à estrutura do tecido ósseo quando houve a administração do ranelato de estrôncio; as microesferas de HA foram biocompatíveis, atuaram, fundamentalmente, como biomaterial para preenchimento do defeito ósseo, e o seu potencial osteogênico restringiu-se à osteocondutividade; o selante de fibrina mostrou-se eficaz como agente aglutinante e acelerou a maturação óssea quando associado exclusivamente com o ranelato de estrôncio.