Técnica de manipulação térmica pré-natal: efeitos sobre as características morfofisiológicas e o desenvolvimento ósseo de embriões e pintos de corte

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: da Silva, Taís Pinheiro Borges lattes
Orientador(a): Barbosa, Vanessa Michalsky
Banca de defesa: Barbosa, Vanessa Michalsky, Fernandes, Lia Muniz Barretto, Azevedo, Izabela Lorena, Ferreira, Fabiana, Pompeu, Mariana André
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Zootecnia (PPGZOO)
Departamento: Escola de Medicina Veterinária e Zootecnia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/41262
Resumo: Foram avaliados os efeitos da técnica de manipulação térmica pré-natal, com controle da temperatura de casca do ovo, sobre o rendimento da incubação (perda de peso do ovo, fertilidade, eclodibilidade, mortalidade e refugagem), a qualidade de pinto (peso, comprimento, peso do corpo sem gema, peso de gema residual, peso relativo de órgãos e escore de umbigo); duração da incubação, morfologia embrionária, parâmetros da casca (peso, espessura, Ca, P, Mn e Mg), da gema (Ca, P, Mn e Mg), temperatura retal, parâmetros sanguíneos (Ca, P, GH, T3, T4, PTH, calcitonina, vitamina D3, fosfatase alcalina, glicose, ácido úrico, lactato, glicogênio hepático e hemogasometria) e análises ósseas (Ca, P, Mn, Mg, morfometria, biofísica e mecânica) de pintos de um dia. Um total de 2.408 ovos de matrizes pesadas da linhagem Cobb 500®, com idade de 52 semanas, foram distribuídos em quatro incubadoras de estágio único, com capacidade para 602 ovos. Cada incubadora foi regulada para manter a temperatura da casca do ovo (TCO) em 37,8ºC durante o período de incubação. Entre o 8° e 18,5º dia de incubação, durante 6 horas por dia, uma máquina foi regulada para a TCO de 36,7°C (MT-L), uma máquina foi regulada para a TCO de 38,9°C (MT-H) e outra máquina foi regulada para a TCO de 39,4°C (MT-VH) diariamente. A máquina controle não sofreu alteração da programação inicial. A manipulação térmica com temperatura de casca de 36,7ºC resultou em uma piora significativa na maioria das variáveis associadas ao rendimento de incubação, prolongou o tempo de incubação, aumentou a temperatura retal, piorou os parâmetros de qualidade de pinto, pesos relativos de órgãos (coração, fígado, intestino, pulmões, baço, pâncreas e bursa), prejudicou a desmineralização da casca e gema, os hormônios calciotrópicos e consequentemente o desenvolvimento ósseo embriões e pintos de um dia e, sendo assim, não é recomendada. Ao contrário, a manipulação térmica com controle de temperatura da casca, utilizando 38,9ºC ou 39,4ºC, promoveu menor temperatura retal, maior mobilização e utilização de minerais a partir dos componentes do ovo e consequentemente, melhor desenvolvimento dos ossos, sem prejudicar o rendimento de incubação e a qualidade dos pintos de um dia. Esta técnica demonstrou ser uma ferramenta viável e favorável, sendo importante mensurar a continuidade dos efeitos benéficos durante a criação das aves.