Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Rodrigues, Rosecleide Ferreira Borges
 |
Orientador(a): |
Ramos, Elizabeth Santos |
Banca de defesa: |
Mourão, Cláudio Henrique Nunes,
Bento, Nanci Araújo,
Ramos, Elizabeth Santos |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Bahia
|
Programa de Pós-Graduação: |
Pós-Graduação em Literatura e Cultura (PPGLITCULT)
|
Departamento: |
Instituto de Letras
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/38856
|
Resumo: |
A comunidade surda tem manifestado sua cultura e sua língua por meio de produções literárias de maneira poética. Desta forma, as produções de autoras negras interseccionam aspectos relacionados a raça e gênero, campos que afetam a vivência das mulheres. A presente dissertação buscou explorar como o texto poético em uma língua de modalidade visual-espacial traz a visualidade de uma estética construída na plasticidade de uma língua sinalizada, tendo o corpo do autor como suporte para a tessitura e quais aspectos esses textos abarcam. O problema de pesquisa que acompanhou o desenvolvimento da investigação foi: quais elementos estéticos compõem a poética sinalizada das mulheres surdas? O que dizem esses poemas e de que modo? A partir desses questionamentos, o objetivo é perceber os aspectos presentes nos poemas sinalizados de autoria de Yanna Porcino. A metodologia utilizada para o desenvolvimento da pesquisa consistiu em uma análise descritiva, considerando os elementos estéticos descritos por Sutton-Spence (2021), a temática e os aspectos performáticos nos poemas sinalizados. Foram analisados três poemas de Yanna Porcino: "Quem cuida" (Porcino, 2020), "Ingenuidade" (Porcino, 2021) e "Eu sou diferente" (Porcino, 2021). As reflexões se dão em diálogo com as teorias de Stuart Hall (2003, 2006) que nos permitem compreender alguns aspectos sobre a cultura; Carlos Skliar (2005), que aborda a surdez sob uma perspectiva cultural e sociológica. Também nos orientamos pelas pesquisas de alguns teóricos sobre os estudos linguísticos da Língua de Sinais, como os de Lucinda Ferreira Brito (2010), e Ronice Quadros e Lodenir Karnopp (2007). Ademais, consideramos em nossas análises os estudos surdos marcados pelas posições de Strobel (2008) sobre a cultura surda e as pesquisas em torno da literatura surda apresentadas por Lodenir Karnopp (2006, 2008, 2010), Marta Morgado (2011), Cláudio Mourão (2011, 2016) e Sutton-Spence (2005, 2006, 2021). Como resultado, concluímos que os poemas analisados têm mobilizado os aspectos performáticos e estéticos da poética visual em Língua Brasileira de Sinais, operando nos territórios literários da coletividade, escrevendo vivências e denunciando opressões. |