Produção de pigmentos carotenóides e o perfil de expressão protéica em microalgas submetidas a condições de estresse

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Almeida, Cíntia Jesus
Orientador(a): Lima, Suzana Telles da Cunha
Banca de defesa: Sales, Emerson Andrade, Cunha, Vitor Hugo Moreau da
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto de Ciências da Saúde
Programa de Pós-Graduação: Biotecnologia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/23490
Resumo: As microalgas representam um grupo extremamente diversificado capaz de sobreviver e proliferar em um amplo espectro ambiental. Isto é refletido em sua diversidade e capacidade de modificar o seu metabolismo de forma eficiente em resposta a mudanças ambientais. Além disso, podem ser consideradas verdadeiras fábricas fotossintéticas, sendo fontes potenciais de uma vasta gama de bioprodutos. Dentre os produtos de alto valor agregado e de interesse biotecnológico estão os pigmentos carotenóides que são matérias-primas para indústria farmacêutica, de suplementos alimentares e de cosméticos. Dunaliella salina e Haematococcus pluvialis são exemplos de microalgas com grande potencial de síntese de carotenóides como β-caroteno e astaxantina, respectivamente e, quando submetidas a condições estresse acumulam grandes quantidades no interior das células. Neste trabalho duas espécies de microalgas foram submetidas às condições de estresse por deficiência de nitrogênio e estresse luminoso, com intuito de avaliar a produção dos pigmentos carotenóides em cada condição. Além disso, nosso objetivo também foi conhecer o perfil protéico dessas microalgas em cada condição de estresse a partir de análises por SDS-PAGE. A partir dos resultados, concluiu-se que a privação do nitrogênio no meio de cultura limitou o crescimento das duas microalgas. A microalga D. salina atingiu elevadas concentrações celulares quando cultivada em elevada intensidade luminosa. No entanto, o mesmo não foi observado para microalga H. pluvialis, onde a exposição continua a alta luminosidade atuou de forma negativa ao aumento do número de células. Em relação ao conteúdo de beta-caroteno e astaxantina, a luz contribuiu de forma significativa para o aumento da produção dos pigmentos nas microalgas. No entanto, com privação do nitrogênio no meio, resultou em um menor número de células, consequetemente, a produção de pigmentos pode ter sido influenciada por este fator. Porém, foi observado microscopicamente e visualmente, que a ausência desse elemento possibilitou a produção mais rápida do pigmento nas células, resultando na mudança precoce da cor do cultivo. Avaliando a expressão das proteínas nas microalgas submetidas as condições de estresse, foi observado uma variação de bandas nas diferentes culturas. A expressão de certas proteínas HSPs com diferentes pesos moleculares foi apontada como possível resposta da D. salina e H. puvialis às condições ambientais analisadas.