Fatores associados ao traumatismo craniencefálico por acidente de trabalho

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Sá, Camila Neves
Orientador(a): Rêgo, Marco Antônio Vasconcelos
Banca de defesa: Maia, Helena Maria Silveira Fraga, Fernandes, Rita de Cássia Pereira
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Faculdade de Medicina da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Saúde, Ambiente e Trabalho
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/31603
Resumo: Todos os acidentes de trabalho (AT) são uma forma de violência, partindo-se do pressuposto de que são socialmente determinados, previsíveis e preveníveis. A sua ocorrência não pode ser vista como um evento natural. Os AT estão acompanhados de diversos impactos negativos, principalmente para a vida do trabalhador e das suas famílias. O traumatismo craniencefálico (TCE) está relacionado aos quadros mais desfavoráveis de morbimortalidade por AT, devido a seu potencial de levar à morte ou de provocar sequelas que poderão ser temporárias ou perdurar por toda a vida do indivíduo. OBJETIVO: Avaliar os fatores associados ao TCE decorrentes de AT. MÉTODOS: Trata-se de um estudo epidemiológico de corte transversal, com dados primários coletados no serviço de emergência do hospital de referência para traumatologia em Salvador, Bahia. Foram incluídas todas as vítimas de TCE, do sexo masculino, entre 15 e 65 anos de idade, admitidas com vida no período de 31 de julho de 2007 a 1º de agosto de 2008. Foram realizadas análises estatísticas descritivas e de regressão logística. RESULTADOS: descreveram-se associações entre os TCE por AT e acidentes de trânsito (OR 3,19; IC95% 1,59-6,41), idade superior ou igual a 41 anos (OR 2,26; IC95% 1,06-4,82), vínculo de trabalho do tipo autônomo/por conta própria (OR 0,47; IC95% 0,24-0,94) e período diurno de ocorrência do evento (OR 2,18; IC95% 1,134,18). CONCLUSÃO: o perfil dos indivíduos que sofreram AT mostrou-se desfavorável em termos socioeconômicos, caracterizando o modelo de desigualdades e injustiças sociais contra o trabalhador. A violência urbana esteve relacionada aos AT.