Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Cassius José Vitor de
 |
Orientador(a): |
Carvalho Filho, Edgar Marcelino de
 |
Banca de defesa: |
Costa, Davi Tanajura
,
Carvalho Filho, Edgar Marcelino de
,
Batista, Lucas Teixeira e Aguiar
,
Matos, André Costa
,
Santos, André Luiz Muniz Alves dos
,
Cavalcante, Geraldo de Aguiar |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Bahia
|
Programa de Pós-Graduação: |
Pós-Graduação em Ciências da Saúde (POS_CIENCIAS_SAUDE)
|
Departamento: |
Faculdade de Medicina da Bahia
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/37787
|
Resumo: |
EVOLUÇÃO DA DISFUNÇÃO ERÉTIL EM INDIVÍDUOS INFECTADOS PELO HTLV-1. A disfunção erétil (DE) em indivíduos infectados pelo vírus linfotrópico de células T humano do tipo 1 (HTLV-1) tem forte associação com as disfunções neurológicas causadas por essa infecção. Estudos avaliando outros fatores de risco para a DE como arteriosclerose, fatores hormonais e fatores psicogênicos evidenciaram que esses fatores têm pouca influência na DE em indivíduos com HTLV-1. O objetivo desse estudo foi avaliar a evolução da DE em indivíduos infectados por esse vírus. Métodos: estudo de coorte prospectivo de janeiro de 2004 até junho de 2019 com indivíduos do sexo masculino, com DE, infectados pelo HTLV-1, com idade entre 18 e 70 anos, sem história de câncer, sem uso de prótese peniana, sem anemia falciforme e sem déficit motor causado por outra patologia. Foi avaliado o grau de DE com o Índice Internacional de Função Erétil 5 (IIEF-5), o grau de lesão neurológica foi avaliada com a Escala Expandida do Estado de Incapacidade (EDSS) e a Escala Motora de Incapacidade de Osame (OMDS), o grau de hiperatividade detrusora pela Escala de Sintomas de Bexiga Hiperativa (OABSS), e a carga proviral do HTLV-1 durante o acompanhamento no ambulatório. Resultados: Participaram da coorte 90 indivíduos com idade média de 52,8 ± 9,78 anos. No início do estudo, 42 desses eram portadores de HTLV-1, 16 tinham provável HAM/TSP e 32 tinham HAM/TSP definida. A mediana de acompanhamento foi de 8,5 (3-12) anos. Foi observado que o valor do IIEF-5 era maior nos indivíduos portadores do que nos indivíduos com sintomas neurológicos e houve uma correlação inversa entre o IIEF-5 e o OABSS no seguimento do estudo (r-0,62, P<0,001). Durante a coorte, o IIEF-5 diminuiu entre os portadores e mais ainda nos prováveis HAM e nos HAM/TSP definido (P<0,001) evidenciando a piora da DE em todos os 14 grupos. Em uma análise de sobrevivência, o tempo para desenvolver DE grave foi menor nos indivíduos com HAM/TSP comparado aos indivíduos portadores do vírus (P=0,001) e também comparado com os prováveis HAM/TSP (P=0,014). A presença de HAM/TSP definida no início do estudo foi independentemente associada com o desenvolvimento de DE grave, mesmo após ajustes para idade basal e carga proviral (HR 6,74; P = 0,008). Conclusão: A DE é uma manifestação clínica lenta e progressiva da infecção pelo HTLV-1 e está fortemente associada com o grau de comprometimento neurológico da doença. O desenvolvimento da DE pode servir de sinal de alerta para uma possível degeneração neurológica. |