Avaliação de crianças com doença falciforme, doppler transcraniano anormal e terapia transfusional, acompanhadas no ambulatório da Fundação de hematologia e hemoterapia da Bahia (HEMOBA).

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Streva, Anelisa Schittini Costa
Orientador(a): Castellanos, Marcelo Eduardo Pfeiffer
Banca de defesa: Lyra, Isa Menezes, Gonçalves, Marilda de Souza, Mota, Clarice Santos
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto de Saúde Coletiva-ISC
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/17430
Resumo: A Doença Falciforme (DF) é um problema de saúde pública no Brasil, principalmente no Estado da Bahia, onde apresenta prevalência elevada. As manifestações clínicas na DF são variáveis, secundárias ao processo inflamatório crônico, sendo que a doença cerebrovascular constitui uma das complicações mais graves da doença, podendo resultar no acidente vascular cerebral (AVC) em crianças. O Doppler Transcraniano (DTC) é um exame que mede velocidade de fluxo sanguíneo cerebral, velocidade média máxima (VMMAX), que, quando elevada, indica doença vascular e/ou risco de AVC, permitindo a intervenção terapêutica preventiva pelo uso de transfusão sanguínea regular crônica, com diminuição do risco para o primeiro AVC em até 40% nas crianças com anemia falciforme (AF). Entretanto, no caso de transfusão irregular ou sua suspensão, ocorre a persistência do risco para AVC. OBJETIVO: conhecer o número de crianças com DF submetidas ao DTC e identificadas com alterações vasculares que requerem transfusão sanguínea regular crônica. DESENHO DO ESTUDO: Estudo retrospectivo com avaliação de indivíduos com DF e DTC realizados no período de 2011 a 2013. POPULAÇÃO E MÉTODOS: A amostra foi constituída por 865 indivíduos com DF cadastrados no ambulatório da HEMOBA que foram submetidos ao DTC nos anos de 2011, 2012 e 2013. ANÁLISE ESTATÍSTICA: Foi realizada com o auxílio do programa de estatística SPSS, versão 18.0. RESULTADOS: Dos 865 pacientes estudados, a média de idade foi 9,3 ± 3,77anos. O resultado do DTC foi 85,8% (1254/1461) normal e 14,2% (208/1461) alterado. Em relação ao sexo, 14,8% (65/440) dos pacientes foram do sexo masculino e 12,9% (55/425) do sexo feminino apresentaram pelo menos um DTC alterado. O genótipo AF representou 19,7% (114/578) dos pacientes com DTC alterado, seguido por, 15,4% (2/13) com SBtal e 1,8% (5/272) para HbSC. A aloimunização ocorreu em 55,1% (49/89) dos pacientes em transfusão. CONCLUSÕES: A AF foi o principal diagnóstico relacionado ao DTC alterado e também à necessidade transfusional profilática. A maioria das transfusões foi adequada, realizada com concentrado de hemácias filtrado e fenotipado (CHFF) e respeitada a regularidade, mas não foi suficiente para evitar a aloimunização, complicação transfusional com prevalência elevada neste estudo.