A escrita como prática social de linguagem: ensino e concepções docentes no curso de meio ambiente do IFBA

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Silva, Amanda Santos lattes
Orientador(a): Moraes, Giselly Lima de lattes
Banca de defesa: Moraes, Giselly Lima de, Arapiraca, Mary de Andrade, Beltrão, Lícia Maria Freire
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE) 
Departamento: Faculdade de Educação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/39436
Resumo: Este trabalho visa contribuir para a ampliação das discussões sobre o ensino da produção textual no Ensino Médio, a partir da análise das concepções teóricas docentes na relação com suas vivências e práticas no Curso Técnico de Meio Ambiente do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia e ainda sobre as implicações do caráter profissionalizante da educação empreendida para a formação do sujeito escritor. A partir da perspectiva sociointeracionista da linguagem, analisou-se de que forma os dados produzidos aproximam-se ou não das discussões interacionistas sobre a linguagem observadas nos documentos oficiais de educação (LDB, PCN e BNCC), assim como do próprio Programa Político Curricular (PPC) do curso de Meio Ambiente do IFBA. Para tanto, optou-se por uma pesquisa qualitativa com o uso de entrevista semiestruturada para ouvir as professoras da instituição atuantes no curso integrado de Meio Ambiente sobre quais concepções teóricas e direcionamentos práticos orientam as próprias discussões e atividades de produção textual em sala de aula. A análise dos dados se deu por meio de uma leitura polissêmica, priorizando uma reflexão que considerou os sentidos construídos pelo sujeito professor, suas escolhas dentro dos processos sociais no ambiente escolar e fora dele. O tema foi abordado a partir de teóricos que discutem a língua, mais precisamente a escrita, como atividade de interação social, para nortear as etapas de pesquisa e possibilitar uma análise coerente com o proposto pelos objetivos. Entre estes: Antunes, 2003; Bronckart, 1999; Bakhtin, 1982, 2000; Camps, 2006; Geraldi, 1998; Koch, 2006, 2007; Koch; Elias, 2010; Marcuschi, 2001, 2008; Orlandi, 1996; E Val, 2016 que foram fundamentais para a compreensão da escrita relacionada ao ensino de língua portuguesa, às mudanças nas concepções de língua ao longo das décadas, aos estudos de gêneros do discurso, às práticas sociais e linguísticas e outras discussões que se desdobraram. A partir desta base teórica, percebeu-se que os docentes estão conscientes da necessidade de promover uma escrita socialmente situada e com práticas voltadas a um ensino com características interacionistas no campo da linguagem, mas ainda com muitos desafios para construir uma prática efetiva, relatando dificuldades em relação à carga-horária, ao ensino integrado de Língua Portuguesa, às questões socioeconômicas e outros pormenores, que ainda inviabilizam uma escrita escolar como que promova aprendizagens voltadas para as diversas situações comunicativas relacionadas ao contexto sociais e ao campo profissional no curso de Meio Ambiente do IFBA.