A DOBRADIÇA INTERFACE ENTRE A LITERATURA E AS ARTES PLÁSTICAS NO ROMANCE STELLA MANHATTAN

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Junqueira, Rosana Almeida
Orientador(a): Telles, Lígia Guimarães
Banca de defesa: Hoisel, Evelina de Carvalho Sá, Mendes, Cleise Furtado
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto de Letras
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Literatura e Cultura
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/28618
Resumo: O enlace entre a literatura e as artes plásticas tem como palco o romance Stella Manhattan do escritor Silviano Santiago. Essa dobradiça interface é apresentada quando o autor dedica a criação dos seus personagens aos Bichos de Lygia Clark e à série La Poupeé, do escultor surrealista Hans Bellmer. É nessa interface que surge uma narrativa travestida, irreverente e pujante sobre a organicidade e a desarticulação do corpo. O romance Stella Manhattan é um elogio ao movimento de resistência do corpo. É nessa perspectiva que o diálogo entre as linguagens se constitui como um dispositivo que promove a criação de personagens marcados por uma afirmação contínua do desejo. As personagens dobradiças de Silviano Santiago são corpos que lutam contra o peso de uma sociedade heteronormativa e excludente. Seus corpos desejam a descontinuidade da opressão, por isso carregam a bandeira do Maio 68 e do movimento Stonewall. No intuito de denunciar a domesticação do corpo, essas máquinas desejantes fazem com que o fluxo dos movimentos coletivos, que valorizam a diferença, perpetue-se na busca de uma nova subjetividade e outros modos de existência.