Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Santos, Carlos Henrique Silva da |
Orientador(a): |
Freitas, Carlos Eduardo Soares de |
Banca de defesa: |
Dutra, Renata Queiroz,
Portella, André Alves |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Faculdade de Medicina da Bahia
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Saúde, Ambiente e Trabalho
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/31387
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Resumo: |
A fim de entender a perspectiva do processo de precarização social do trabalho e reflexos na advocacia, é essencial discutir aspectos que caracterizam a centralidade do trabalho na vida do trabalhador, bem como as maneiras que o capital o torna indigno e os efeitos nocivos desse sistema com a criação de traumas, subtração de direitos, perda de identificação e adoecimento da categoria. Esta dissertação busca analisar as relações entre precarização social do trabalho e as condições nocivas à saúde de jovens advogados que exercem a advocacia de massa. Foram utilizados métodos qualitativos, sendo o estudo realizado através da análise e revisão de literatura sobre a precarização nas relações de trabalho e seus efeitos na saúde do trabalhador. A pesquisa fez uso de entrevistas semiestruturadas e observação das atividades laborais do advogado em Feira de Santana, Bahia. Para apreciação das entrevistas foi utilizada Análise do Discurso e para escolha da amostra empregou-se o método “bola de neve”. Foram utilizadas como fontes objetivas os dados específicos da profissão, como os registrados na Ordem dos Advogados do Brasil. As narrativas dos entrevistados apontam o estresse, a instabilidade e o desgaste da profissão. A precarização se manifesta principalmente nas condições de trabalho, por meio de jornada de trabalho extenuante, ausência de pausas para descanso e alimentação, dupla jornada laboral, ambiente competitivo e estressante, mecanismos de controle e vigilância de produtividade, falta de reconhecimento e de perspectivas na advocacia; além dos fatores externos como o ambiente burocrático do sistema judiciário e as relações interpessoais entre cliente e advogado, culminando com o adoecimento dessa categoria. A partir do que foi extraído, é possível depreender que o jovem trabalhador da advocacia está exposto a condições nocivas à sua saúde. Para esse operário do Direito existe uma crescente ameaça ao seu bemestar decorrente do exercício de sua atividade, que se adequou às regras atuais do capitalismo e do setor de serviços e flexibilizou ainda mais os ambientes e as relações de trabalho, levando a uma situação de adoecimento deste trabalhador. |