Infecção por citomegalovírus após o transplante de rim ou de células tronco hematopoiéticas no estado da Bahia: incidência, achados clínicos e imunológicos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Matos, Sócrates Bezerra de
Orientador(a): Nascimento, Roberto José Meyer
Banca de defesa: Lima, Fernanda Washington de Mendonça, Nascimento, Roberto José Meyer, Atta, Ajax Mercês, Cardoso, Luciana Santos, Oliveira, Ricardo Riccio, Costa, Silvia Lima
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto de Ciências da Saúde
Programa de Pós-Graduação: em Imunologia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/17284
Resumo: O Citomegalovírus é um dos principais agentes infecciosos causadores de morbimortalidade em paciente transplantado. É um vírus de soroprevalência superior a 85% na população baiana e de incidência desconhecida em muitos centros de transplante. O presente estudo objetivou monitorar a infecção ativa por CMV em pacientes transplantados no estado da Bahia, descrevendo características clínicas da infecção e avaliando níveis plasmáticos da PCR e de citocinas pró-inflamatórias, Th1 e Th2 em diferentes momentos da infecção. Foram incluídos no estudo 87 pacientes submetidos ao transplante renal e 28 pacientes submetidos ao transplante de células tronco hematopoiéticas (TCTH). A infecção ativa por CMV foi monitorada através do ensaio de antigenemia para pp65 e as dosagens plasmáticas da PCR e das citocinas IFN- , IL-17A, IL-10, IL-6, IL-4 e TNF- foram realizadas por ensaio turbidimétrico e por ensaio multiplex de citometria de fluxo, respectivamente. Os pacientes submetidos ao transplante renal apresentaram incidência de 63,2% de infecção ativa por CMV, diarreia e elevação de creatinina sérica como os principais sintomas associados e variação nos níveis plasmáticos da PCR e da IL-4 em diferentes momentos da infecção. Nos pacientes submetidos ao TCTH, houve incidência da infecção ativa de 67,9%, febre e diarreia como os principais sintomas e variação nos níveis plasmáticos da PCR, IL-17A, IFN- e IL-4 em diferentes momentos da infecção. Em conclusão, foi possível observar que a infecção ativa por CMV ocorre em alta incidência nos pacientes submetidos ao transplante renal ou ao TCTH no estado da Bahia, evidenciando a necessidade do monitoramento seriado para o diagnóstico precoce e tratamento adequado dessa infecção. A variação dos níveis plasmáticos da PCR e das citocinas supracitadas indica a participação delas na resposta imune sistêmica contra o vírus, além da possibilidade de serem utilizadas como fatores preditivos na infecção.