O ensinado, o aprendido: a educação histórica e a consciência histórica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Aguiar, Edinalva Padre
Orientador(a): Tourinho, Maria Antonieta Campos
Banca de defesa: Ferreira, Carlos Augusto Lima, Pina, Maria Cristina Dantas, Sá, Maria Roseli Gomes Brito de, Dick, Sara Martha
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Faculdade de Educação
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/14561
Resumo: Este trabalho insere-se no campo da educação histórica, cuja preocupação fundamental é compreender a construção do pensamento histórico e o desenvolvimento da consciência histórica de crianças e jovens. Tem como objeto de estudo o processo de ensino e aprendizagem de História e sua relação com a consciência histórica. Seu objetivo principal foi analisar se os alunos utilizam o conhecimento histórico como instrumento de construção de sentidos de orientação temporal em suas vidas práticas. A conceituação de consciência histórica aqui assumida é do teórico alemão Jörn Rüsen (2001, p. 58-59), para quem ela é o “[...] modo pelo qual a relação dinâmica entre experiência do tempo e a intenção no tempo se realiza no processo da vida humana.” Os dados foram coletados em 2011 por meio da aplicação de instrumento escrito, constituído por questões de respostas abertas. Os sujeitos foram alunos matriculados no 2º ano do ensino médio em duas escolas (uma pública outra privada), localizadas do município Vitória da Conquista-BA. A abordagem teórico- metodológica pautou-se na pesquisa qualitativa e o tratamento dos dados utilizou o método da análise de conteúdo. Os dados da pesquisa empírica demonstraram que os alunos atribuem importância à disciplina História e julgam agradável seu estudo. Mas, comparada a outros espaços e formas de aprendizagem, a história escolar é considerada enfadonha, discursiva e de memorização. Embora afirmem utilizar o conhecimento histórico na vida cotidiana, seja para formar opiniões, compreender ou explicar para outrem fatos/acontecimentos ou tomar decisões, as narrativas evidenciam pouca relação entre conhecimento histórico e vida prática, já que são marcadas por um fraco repertório desse conhecimento e pouca referência a ideias metahistóricas. Diante desses resultados, podemos afirmar que há um hiato entre o ensinado e o aprendido e que os alunos pouco atribuem sentidos ao conhecimento histórico, comprometendo o desenvolvimento da consciência histórica e sua função de orientação temporal na vida prática.