A dinâmica das relações interpessoais em teatro de grupo: pressões externas e tensões internas na experiência de coletivos teatrais brasileiros.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Silva, Carlos Eduardo da
Orientador(a): Oliveira, Jacyan Castilho de
Banca de defesa: Machado, Gláucio, Trotta, Rosyane
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Escola de Teatro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/17002
Resumo: Esse trabalho pretende investigar quais são os dinamizadores das relações interpessoais em teatro de grupo e como os coletivos respondem, modificam-se e reconfiguram-se ao longo de suas trajetórias a partir desses estímulos nas próprias relações. Essa investigação ocorre em razão do nosso interesse pelas grupalidades teatrais, considerando a lacuna de literatura na abordagem dos coletivos teatrais pelo viés de suas relações interpessoais; e a falta de compartilhamento de experiências a respeito da reverberação desses dinamizadores nas histórias e relações desses grupos. Para tanto, faz-se uma revisão de literatura desde a perspectiva pela vertente da Psicologia e Psicanálise, Filosofia e Teatro, agenciando-se investigadores que possibilitem dar pluralidade ao tema, aplacar em parte a questão da falta literária construir uma base epistemológica. A argumentação conceitual relativa às definições e problemas que envolvem à grupalidade teatral fundamentam-se em André Carreira, Rosyane Trotta, Miguel Rubio, Valmir Santos e outros investigadores; da obra de Spinoza se constrói uma perspectiva filosófica das relações interpessoais enquanto relações afetivas; em Pichon-Rivière e Moreno se obtém uma ótica psicanalítica, com a teoria do vínculo e dos papéis; e em Fritz Heider, chega-se na psicologia. Além disso, busca-se examinar a experiência dos grupos de teatro através de entrevistas dirigidas e semiestruturadas com dezesseis artistas provenientes de sete coletivos representativos das últimas três décadas do movimento de teatro de grupo do Brasil, sendo: Ói Nóis Aqui Traveiz (RS); Grupo Galpão (MG); Companhia Stravaganza (RS); Companhia de Teatro Atores de Laura (RJ); Companhia dos Atores (RJ); Companhia do Latão (SP); e Companhia São Jorge de Variedades (SP). Em cada grupo entrevistam-se no mínimo dois artistas, dentre os quais pelo menos um membro fundador. O resultado final das entrevistas constitui a parte onde são apresentados os dinamizadores segundo a perspectiva dos grupos, como os coletivos internalizam essas forças, seu efeito de agregação ou desagregação nas relações interpessoais e o impacto nos processos criativos e na cena ao longo da trajetória das companhias.