Mobilidade das pessoas segregadas socioespacialmente com restrições de locomoção: o caso da comunidade do bairro de Canabrava, Salvador, Bahia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Miranda, Silvia Camargo Fernandes
Orientador(a): Olmos, Susana Acosta
Banca de defesa: Sampaio, Antonio Heliodório Lima, Cavalcante, Marília Moreira, Delgado, Juan Pedro Moreno
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Faculdade de Arquitetura da Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/18133
Resumo: Esta tese tem como objetivo principal analisar o deslocamento das pessoas com restrição de mobilidade que se encontram segregadas socioespacialmente na comunidade do bairro de Canabrava, Salvador, Bahia. O bairro de Canabrava está localizado em região caracterizada por desníveis topográficos acentuados e seus moradores, em sua maioria pertencente à parcela da sociedade de renda baixa, encontram-se segregados. Isso se deve à predominância da ocupação nas áreas de encostas, precariamente urbanizadas, dificultando o ir e vir das pessoas que habitam esta localidade. Neste cenário, as pessoas que residem no bairro estão frequentemente expostas a riscos de deslizamentos ou soterramentos, ou ainda, nas partes baixas, sujeitas à ocorrência de alagamentos, devido à inexistência de canais de drenagem natural. Da segregação resulta a falta de qualidade de vida, evidenciada pela ineficiente infraestrutura básica, viária e de transporte. Para atingir o objetivo determinado, estudaram-se as condições de mobilidade dos moradores do bairro, realizando coleta de dados para averiguar a qualidade dos serviços oferecidos pelo transporte coletivo, ônibus, como: lotação, frequência, pontualidade, tempo de viagem, microacessibilidade e macroacessibilidade. Como também, aplicação de questionários para caracterizar o padrão de viagem das pessoas do local, e execução de viagens acompanhadas no trajeto a pé de casa até o ponto de parada do transporte público. O estudo foca particularmente os padrões de viagem dos moradores com mobilidade reduzida, ou com restrição de mobilidade, verificando as dificuldades de acesso às atividades de trabalho, educação, lazer e esporte. A partir dos resultados encontrados, comprova-se a dupla segregação que impõe limitações à pessoa com mobilidade reduzida que reside na periferia, ao mesmo tempo em que se conclui ser a segregação socioespacial potencial responsável por impedir a reintegração dessa pessoa na sociedade.