Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Freitas, Juliana Sapucaia de
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Orientador(a): |
Caputo, Maria Constantina
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Banca de defesa: |
Tassinari, Márcia Alves
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Morais, Silvia Raquel Santos de
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Véras, Renata Meira
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Bahia
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Estudos Interdisciplinares Sobre a Universidade (PPGEISU)
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Departamento: |
Instituto de Humanidades, Artes e Ciências Professor Milton Santos - IHAC
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/39799
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Resumo: |
ARTIGO I Introdução: O plantão psicológico é uma modalidade de atenção psicológica que se caracteriza pela oferta de uma escuta clínica especializada no exato momento em que o sujeito vivencia uma crise. Essa prontidão na acolhida dialoga com as necessidades do sujeito contemporâneo que, imerso num cenário de indisponibilidade de tempo e afeto, encontra no plantão um lugar de referência com o qual poderá contar para o cuidado em saúde mental. Objetivo: Analisar a produção científica sobre o plantão psicológico do período de 2017 a 2021. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo-exploratório de abordagem quali-quanti acerca das publicações sobre o plantão psicológico indexadas no Portal de Periódicos da CAPES. Resultados: Foram encontrados 34 artigos, dos quais 19, por atenderem aos critérios de elegibilidade estabelecidos, integraram este estudo. A produção científica sobre o plantão psicológico vem sendo desenvolvida nos serviços-escola das instituições universitárias, publicadas em veículos de expressiva qualidade, com maior concentração de estudos na região sul do Brasil e com predomínio de pesquisa de natureza qualitativa e relatos de experiência. Em relação à temática abordada, foram identificados três núcleos de sentidos: fundamentação teórica do plantão a partir de uma abordagem específica, plantão como prática clínica na formação profissional em psicologia e características dos sujeitos que demandam a clínica do plantão. Conclusão: Constatou-se que os estudos sobre o plantão têm trilhado caminhos diversos, incluindo várias abordagens teóricas e práticas em contextos distintos, com destaque para os serviços-escola das universidades, lugar de concepção dessa modalidade clínica e onde se pode fazer a diferença na formação de profissionais comprometidos ética e politicamente com os sujeitos em situação de angústia/sofrimento psíquico, que têm, no plantão, portas abertas para serem escutados, de modo a compreenderem seus problemas e atribuírem novos significados às suas experiências. ARTIGO II O plantão psicológico é uma modalidade de atendimento clínico-psicológico que nasceu no Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (IPUSP) em 1969. Mais de cinco décadas após o seu surgimento, essa prática de atenção clínica ainda mantém uma estreita relação com as universidades, constituindo um espaço de prestação de serviços e formação de profissionais comprometidos ética e socialmente com sujeitos em situação de sofrimento, contribuindo para a discussão sobre políticas públicas em saúde mental. O objetivo deste trabalho é caracterizar a prática do plantão psicológico nas universidades públicas federais brasileiras no período 2015 a 2019. Trata-se de um estudo descritivo-exploratório de abordagem quali-quanti realizado a partir da aplicação de um questionário on-line aos coordenadores desses serviços, utilizando a plataforma SurveyMonkey®. Os resultados evidenciam um expressivo aumento da implantação dessa atenção clínica, principalmente a partir de 2010, viabilizado pelo protagonismo das coordenadoras dos serviços, em resposta ao aumento da demanda, em especial dos discentes, sendo as mais comuns questões acadêmicas, conflitos familiares, crises de ansiedade, sentimento de tristeza, relacionamentos interpessoais e ideação suicida. Prevalência de atendimento diário, com grande participação de estagiários/extensionistas como plantonistas, utilização da psicanálise e terapia cognitivo-comportamental, encaminhamento dos casos de maior gravidade ou que ensejem intervenções em outras especialidades e vinculação com a assistência estudantil. Conclui-se que o plantão psicológico nas universidades é um importante dispositivo de cuidado que, integrado à assistência estudantil, fortalece ações e políticas de permanência dos estudantes. Entretanto, não pode responder a todas as questões em saúde mental que emergem no âmbito das instituições universitárias, sendo necessário aliar esse atendimento aos serviços que compõem o Sistema Único de Saúde (SUS), seja em articulação direta com a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) ou através da Atenção Primária à Saúde (APS), bem como aos do Sistema Único de Assistência Social (SUAS). |