Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Chates, Tatiane |
Orientador(a): |
Lima e Souza, Angela Maria Freire de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/6377
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Resumo: |
O currículo trabalhado pela Escola Pública de Trânsito, na Bahia, constitui-se importante fonte de dados para a análise da reprodução escolar das desigualdades de gênero, também presente nas relações pedagógicas de gênero, vivenciadas cotidianamente entre professores/as e alunos/as. Tais relações pedagógicas de gênero podem ser encontradas nas considerações acerca do tempo e do espaço escolares, das metáforas ilustrativas usadas em sala de aula e da interação entre a turma formada e os/as professores/as. As formas através das quais a reprodução dos estereótipos de gênero, percebidos no cotidiano do trânsito urbano, se processa no ambiente educacional devem merecer particular atenção dos curricularistas, sejam eles tradicionais, críticos ou pós-críticos. Neste sentido, a presente análise do currículo adotado pela Escola Pública de Trânsito, inspirada pelas concepções inerentes à Teoria Crítica e com o aporte dos Estudos de Gênero em Educação, envolveu três procedimentos, a saber: 1. Observação das aulas do curso teórico, relativo à aquisição da primeira habilitação; 2. Análise da Proposta Pedagógica; 3. Entrevistas com os instrutores, com base na técnica da entrevista semi-estruturada. Para tais observações e entrevistas, foram usadas, a partir de uma concepção epistemológica inspirada nos Estudos Feministas, como referencial analítico e instrumental, a etnopesquisa e a Teoria das Representações Sociais. Etnopesquisa entendida como pesquisa centrada no sujeito observador e no sujeito observado, ao passo que as Representações Sociais possibilitam o desvelamento do imaginário coletivo, em seu caráter interpretativo das práticas sociais. A partir da utilização dos métodos expostos, constatou-se o surgimento da Andragogia como modalidade pertinente à Educação para o Trânsito, na medida em que os/as adultos/as são abstratamente atendidos/as pelas teorias educacionais em geral. Quanto às imagens utilizadas em sala de aula, poucas inferências foram feitas acerca do seu potencial analítico, referente às representações sociais de gênero em particular. O processo de aprendizagem das mulheres foi considerado, pelos instrutores, como diferenciado em relação ao dos homens. Características como inquietação, indecisão, observância às regras de trânsito e o cuidado extremado ao dirigir foram consideradas tipicamente femininas. Ao final desta dissertação, o conceito de condução perfeita foi problematizado, por representar o tema central das aulas do curso teórico, para aquisição da primeira habilitação. |