Geologia dos Metatonalitos/Metatrondhjemitos e granulitos básicos das regiões de Camamu-Ubaitaba-Itabuna, Bahia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Pinho, Ivana Conceição de Araújo
Orientador(a): Barbosa, Johildo Salomão Figueirêdo
Banca de defesa: Soares, Antonio Carlos Pedrosa, Martin, Hervé, Leite, Carlson de Matos Maia
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto de Geociências
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Geologia (PGGEOLOGIA)
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/16214
Resumo: As áreas de Camamu, Ubaitaba e Itabuna, estão localizadas na região granulítica sul/sudeste da Bahia. Os estudos geológicos nessas áreas levaram a definição de corpos plutônicos granulitizados separados pela tectônica, constituídos de metatonalitos/metatrondhjemitos que encerram enclaves de granulitos básicos com granada. Petrograficamente os metatonalitos/metatrondhjemitos apresentam como minerais essenciais o plagioclásio, o quartzo, o ortopiroxênio e o clinopiroxênio e como minerais secundários a hornblenda e a biotita. A granada ocorre raramente. Os minerais opacos, a apatita e o zircão constituem os minerais acessórios. Os granulitos básicos com granada são formados, de plagioclásio, ortopiroxênio, clinopiroxênio como minerais essenciais. Os minerais opacos, a apatita e o zircão ocorrem como minerais acessórios. Pelo menos duas fases de deformações dúcteis atuaram na região estudada, sendo a primeira fase (F1), caracterizada por planos de foliação mergulhando no máximo 50o SE, com transporte tectônico de SE para NW. A segunda fase, F2, que está bem representada nas áreas de estudo é caracterizada pela geração de dobras apertadas com planos axiais de direção geral N10-20°E e com mergulho forte para SSE. Está fase é progressiva a partir da primeira fase (F1) transpondo os planos axiais das dobras apertadas (F2) gerando planos de transposição subverticalizados. Petroquimicamente os metatonalitos/metatrondhjemitos são rochas de filiação cálcio-alcalina de baixo potássio, com os elementos terras raras apresentando espectro fortemente fracionados, exibindo um enriquecimento nos elementos terras raras leves e empobrecimento nos elementos terras raras pesados, sem anomalia de Eu. Por outro lado, os granulitos básicos com granada são basaltos e/ou gabros de filiação toleiítica, com os padrões de elementos terras raras apresentando espectros relativamente planos, pouco fracionados e sem anomalia de Eu. O modelamento geoquímico mostrou que os metatonalitos/metatrondhjemitos foram produzidos por cristalização fracionada [(1-F)<45] de hornblenda, albita e anortita, com pequenas quantidades de magnetita, apatita, alanita e zircão. Os granulitos básicos com granada (GB-2 e GB-3) que ocorrem como enclaves nos metatonalitos/metatrondhjemitos são considerados como sendo a fonte geradora destas rochas tendo produzido um resíduo constituído por plagioclásio, clinopiroxênio, granada, ortopiroxênio e hornblenda. O pico do metamorfismo granulítico observado na área é caracterizado por temperaturas que variam de 926 a 980oC e pressões em torno de 6,9- 8,6kbar. A idade de cristalização obtida por meio da metodologia U-Pb SHRIMP para os metatonalitos/ metatrondhjemitos é de 2151 ± 22Ma, enquanto que as idades 207Pb/206Pb que variaram de 2081 ± 28 a 2097 ± 31Ma são interpretadas como idades do metamorfismo regional. As idades modelo TDM de 2,52 e 2,82Ga são consideradas como relacionadas ao tempo de extração do magma que gerou estas rochas plutônicas granulitizadas.