Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Rocha, Thiago Ribeiro |
Orientador(a): |
Almeida, Gilberto Wildberger de |
Banca de defesa: |
Mendes, Denise Cristina Vitale Ramos,
Fontes, Maria Lucineide Andrade |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Faculdade de Comunicação
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Programa de Pós-Graduação: |
Mestrado em Comunicação e Cultura Contemporâneas
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/25196
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Resumo: |
Esta dissertação, embora ancorada originalmente na área de Comunicação e Política, trata-se de um trabalho multidisciplinar que busca entender um pouco do fenômeno dos movimentos sociais contemporâneos – a partir do caso do Occupy Wall Street – que buscam organizar-se por fora da via institucional e que, além de utilizar os novos meios precisamente para levar os indivíduos a agirem no mundo ‘real’ – é o que se chamou aqui de ‘desmediação intermediada’ –, partem de um princípio ‘dionisíaco’ da política em que a confrontação ao sistema – ou sua negação – se dá a partir do intenso gozo da própria vida – agora. É a superação da política dura, estrutural, projetiva, prometeica, necessariamente orientada para o futuro, em prol de uma vivência focada especificamente no presente, através da ‘carnavalização da política’: a própria forma que eles encontraram para ‘ocupar’ e reconstruir a realidade – através da língua, da cultura, das ideias sobre o mundo etc., mostrando que as mais variadas pretensas ‘impossibilidades’ são extremamente possíveis. As perguntas iniciais que motivaram a realização do estudo, portanto, foram: “por que, para que e como o Occupy se mobiliza?”, ou seja, “quais são seus princípios, fins e meios?”. Daí que, devido à amplitude do problema, a abordagem escolhida foi uma que contemplasse ao máximo a sua complexidade, inclusive incorporando, já na metodologia, o princípio da horizontalidade não dialética, tão característica desses novos movimentos, através da adoção do dialogismo polifônico como pressuposto. A fim de realizar uma pesquisa o mais intensa possível, e partindo da ideia de que é de perto, no envolvimento direto, que se pode conhecer melhor qualquer fenômeno, escolheu-se contemplar o campo por meio de uma pesquisa participativa com um grande enfoque etnográfico: de abril a setembro de 2012, o autor esteve em Nova Iorque vivenciando o movimento diretamente, a partir de um encontro participante que permitiu a confecção de um diário de campo que viria a servir de base para o trabalho como um todo. No texto final, portanto, embora muita coisa tenha sido reescrita para adequar-se à linguagem e à coerência acadêmica desejada, e para além das falas diretas dos participantes já presentes em todo o estudo, as partes mais descritivas foram mantidas no original, em itálico, como uma espécie de ‘imagem aproximada’ do campo. |