Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Silva, Caio de Souza |
Orientador(a): |
Messeder Neto, Hélio da Silva |
Banca de defesa: |
Massi, Luciana,
Silva, José Luis de Paula Barros,
Messeder Neto, Hélio da Silva |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Faculdade de Educação
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Programa de Pós-Graduação: |
em Ensino, Filosofia e História das Ciências
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/33535
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Resumo: |
As pesquisas em ensino de química apontam para a dificuldade dos alunos em compreender fenômenos da realidade que cabem ao campo desta ciência. Um dos aspectos levantados nessa problemática perpassa pelo obstáculo da apreensão da linguagem química. Dentro desse espectro, levantamos que no campo da química orgânica o ensino pautado principalmente na memorização de fórmulas, na operacionalização de dar nomes às moléculas, na falta de relação entre a prática social e teorias científicas e na desvinculação das teorias da química orgânica com os outros campos da química, podem ser alguns dos fatores decisivos no baixo entendimento dos alunos sobre os fenômenos. Em vista disso, este trabalho tem como objetivo sistematizar princípios didáticos para orientar o trabalho pedagógico dos professores, quando estes forem ensinar sobre as representações estruturais de compostos orgânicos. Trata-se de uma pesquisa teórica fundamentada filosoficamente no materialismo histórico-dialético, além de tomar como embasamento a psicologia histórico-cultural, em termos psicológicos do desenvolvimento humano, e a pedagogia histórico-crítica, no que tange os aspectos teórico-pedagógicos. Princípios didáticos são proposituras que possibilitam a (re)organização e a orientação do trabalho do professor em sala de aula. Compreende-se, então, que a partir da análise da dinâmica histórica da elaboração das representações estruturais, apontando as necessidades históricas, e a partir dos fundamentos teóricos adotados, podem-se formular propostas daquilo que é essencial para um ensino comprometido com o verdadeiro desenvolvimento do indivíduo nas máximas possibilidades que as condições reais proporcionem. Desse modo, formulamos três princípios didáticos. O primeiro diz respeito ao ensino da representação estrutural dos compostos orgânicos como unidade entre os níveis macroscópico e submicroscópico da realidade e do conhecimento químico. Nessa perspectiva, as representações se configuram como signo e possuem, dentre outros, o papel mediador da compreensão do fenômeno quando sintetiza os dois níveis numa unidade. O segundo propõe que os professores estruturem o ensino das representações a partir das necessidades históricas. Ou seja, coloca o motivo pelo qual a humanidade se mobilizou para criar esses signos que possibilitam a compreensão da realidade. Esse caminho evidencia, para o aluno, uma ciência que se desenvolve a partir de contradições, de embates de ideias, de problemas e de necessidades que seres humanos reais encontravam na sua prática social. Já o terceiro princípio lança como preposição que as representações estruturais sejam ensinadas na sua multiplicidade e com transições conscientes. Nesse sentido, deixa-se evidente que foram necessárias representações distintas para o mesmo ente químico, quando havia a necessidade de compreender novos fenômenos e um único tipo de representação não dava conta de explicá-los. Isto é, dependendo da necessidade de compreensão do fenômeno, utiliza-se de diferentes modos de representações. Esses princípios, por sua vez, não se configuram como uma receita “do que fazer” em sala de aula, visto que em cada situação específica de ensino deve-se levar em consideração as condições reais, no entanto podem servir como norteadores no trabalho pedagógico. |