Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Araújo, Cristina Nunes Vitor de
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Orientador(a): |
Pereira, Álvaro
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Banca de defesa: |
Almeida, Deybson Borba de
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Paiva, Mirian Santos
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Pereira, Álvaro
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Vargas, Mara Ambrosina de Oliveira
,
Peres, Maria Angélica de Almeida
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Lunardi, Valéria Lerch,
Silva, Gilberto Tadeu Reis da |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Bahia
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Enfermagem (PPGENF)
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Departamento: |
Escola de Enfermagem
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/38388
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Resumo: |
O movimento de conceptualização da enfermagem moderna brasileira se deu através da inserção da mesma em lutas pela sua conscientização político-profissional, pelos interesses da categoria e pela preocupação em constituir-se como profissão autônoma, regulamentada e ética. A regulamentação da medicina no ano de 2013 representou uma dessas lutas em que as enfermeiras vivenciam a emergência de acontecimentos históricos e discursivos que marcam a sua atuação sociopolítica em defesa da profissão e do direito da saúde dos usuários. A partir deste cenário, este estudo objetivou analisar as estratégias de resistência de enfermeiras, a partir da sua prática discursiva, diante das lutas no campo profissional e da saúde, propostas pela regulamentação do ato médico no Brasil. Utilizando o referencial teórico filosófico de Michel Foucault, este estudo se inscreve numa proposta qualitativa, interpretativa e documental que analisou textos publicados nos noticiários do site do Conselho Federal de Enfermagem a partir de uma perspectiva metodológica arqueogenealógica e de um exercício de triangulação teórica com os Estudos Críticos do Discurso. A coleta de dados ocorreu durante os meses de março e abril de 2019, através da clipagem de notícias sobre a regularização do ato médico no Brasil, resultando em 49 notícias que compõem o corpus discursivo do estudo. Os discursos foram organizados e codificados com auxílio do software Atlas.ti e sua interpretação resultou em quatro manuscritos. O primeiro realiza uma descrição arqueogenealógica de enunciados e demonstra uma prática discursiva das enfermeiras que toma o discurso da saúde como um direito de todos como estratégia ao defender que, no Brasil, esse direito é efetivado por meio de uma política pública e que as enfermeiras são a condição de existência do Sistema Único de Saúde. O segundo analisa os discursos e táticas que emergiram da ação coletiva das enfermeiras, através da mobilização dos espaços públicos e institucionais, do estabelecimento de alianças e da intensa movimentação em torno dos vetos presidenciais. No terceiro, identificamos a emergência de três subjetividades: o sujeito da moral, o sujeito de práticas ascéticas e o sujeito da resistência que milita por sua profissão e por si mesmo constituindo o seu êthos. No último, as categorias analíticas de Teun Van Dijk para análise da manipulação discursiva, evidenciaram e existência de um discurso manipulador nas dimensões cognitiva, episódica e social, a partir uma análise textualmente orientada. Ao concluir, ampliamos e confirmamos a tese inicial de que as enfermeiras exercem resistência diante das relações de poder, uma prática que vem lhes conferindo seu papel social no campo da profissional e da saúde, à luz de Michel Foucault e estas resistências possuem um caráter de manutenção das estruturas e das relações de poder vivenciadas. Espera-se que este estudo possa contribuir para pensar a profissão da enfermeira a partir das limitações na sua prática profissional e do estabelecimento das estratégias de resistência para superá-las. Uma vez que se trata de uma profissão regulamentada, é fundamental o exercício de práticas autônomas e do seu auto reconhecimento como protagonista das ações no sistema de saúde brasileiro. |