Acesso e utilização de serviços de saúde no Estado da Bahia.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Cunha, Alcione Brasileiro Oliveira
Orientador(a): Silva, Ligia Maria Vieira da
Banca de defesa: Giovanella, Lígia, Novaes, Hillegonda Maria Dutilh, Costa, Maria Conceição Nascimento, Teixeira, Carmen Fontes de Souza
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/27076
Resumo: Objetivos: a) Analisar a acessibilidade aos serviços de saúde para usuários de um município em Gestão Plena do Sistema Municipal. b) Descrever as características da acessibilidade a serviços de saúde em seus componentes organizacionais e geográficos. c) Analisar a relação entre a posição ocupada no espaço social pelo indivíduo e a acessibilidade aos serviços de atenção à saúde. Métodos: Foram utilizados dados de utilização de serviços para o Estado da Bahia oriundos da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios - PNAD/2003, utilizando-se a técnica da análise de correspondência (AC) para relacionar a posição dos usuários de acordo com a renda familiar mensal e anos de estudo, e as características de utilização dos serviços, em termos de locais e razões da procura e dos motivos da não procura por serviços. Também foi realizado um estudo de caso único, onde foram selecionadas algumas características do sistema e dos serviços de saúde, tais como o processo de gestão e organização dos serviços sendo as últimas analisadas a partir de barreiras temporais, administrativas, organizacionais e geográficas. Foi elaborada uma imagem objetivo através da qual foi possível pontuar o grau de implantação das ações voltadas para acessibilidade. Ainda foram observadas as estratégias utilizadas pelos usuários, relacionando-as à posição ocupada no espaço social definida em função do volume de seus capitais (econômico, social e cultural), e pelos profissionais, no que concerne às práticas facilitadoras do acesso. Resultados: As análises de correspondência revelaram a aproximação entre usuários de menor renda e escolaridade com os serviços de postos de saúde e hospitais por motivo de doença, enquanto entre aqueles de maior escolaridade estiveram mais próximos de consultórios particulares. As barreiras mais evidenciadas foram a falta de dinheiro e locais distantes e de difícil acesso, atingindo mais os indivíduos de baixa renda. As unidades analisadas apresentaram nível intermediário de implantação de ações voltadas para a acessibilidade, sendo que as Unidades de saúde da Família (USF) tiveram melhor desempenho, principalmente pelas ações voltadas para o acolhimento, porém apresentaram problemas pela ausência de um sistema estruturado de marcação de consultas e longos tempos de espera. Discussão: Em um contexto de grandes desigualdades na utilização de serviços, a investigação realizada representou uma experiência singular, entre os casos possíveis, tendo em vista a implantação de estratégias voltadas para a garantia da acessibilidade aos serviços de saúde. As intervenções observadas foram capazes de atenuar e por vezes eliminar barreiras e facilitar o acesso e a utilização dos serviços pelos usuários. Mostrou ainda, o importante papel dos profissionais que quando qualificados e com disposições ajustadas ao campo da saúde coletiva desempenham importante papel na redução das desigualdades geradas pelas estruturas sociais.