Calogênese e uso de fatores abióticos e bióticos na produção de metabólitos secundários da Catingueira (poincianella pyramidalis tull.)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Copeland, Kícia Karinne Pereira Gomes
Orientador(a): David, Juceni Pereira de Lima
Banca de defesa: David, Jorge Maurício, Lima, Sílvia Costa, Bellintani, Moema Cortizo, Vale, Ademir Evangelista do
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto de Ciências da Saúde
Departamento de Biointeração
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia da Renorbio -(Rede Nordeste de Biotecnologia)
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/23927
Resumo: A Caatinga a alguns anos atrás era dita como um ecossistema pobre no que tange a espécies endêmicas, fato esse que, após diversos estudos, são contestados, mostrando que possui uma rica biodiversidade e altos índices de endemismos. Dentre essas muitas espécies endêmicas, temos a Poincianella pyramidalis (Tul.) L. P. Queiroz, sinônimo botânico Caesalpinia pyramidalis Tul., conhecida por diversos nomes populares como pau-de-rato, catinga de porco, catingueira, dentre outros. Apresenta diversos usos, dentre um dos mais importantes, o seu uso medicinal que, destaca-se pela produção de compostos bioativos como flavonoides, triterpenos, fenilpropanoides e biflavonóides; sendo este último grupo de bioativos, relativamente raro na família Leguminosae e, na subfamília Caesalpinaceae, onde foi isolado pela primeira vez. No perfil químico dessa espécie já foram identificadas a amentoflavona e agatisflavona pertencentes à classe dos biflavonóides. Fatores tais como, condições geográficas, sazonalidade, ambiente, entre outros, provocam oscilação na concentração de metabólitos secundários e, em árvores da Caatinga, em períodos de seca, a coleta do material vegetal é prejudicada, uma vez que não há frutos, folhas, flores, para extração de metabólitos secundários em qualquer época do ano. Assim, esses aspectos demonstram a necessidade urgente de implementação de programas voltados para a multiplicação, conservação, produção e potencialização dos bioativos de interesse de espécies vivendo nesses ambientes. Diante do exposto, esse trabalho teve como objetivos estabelecer a calogênese in vitro de P. pyramidalis visando construir um protocolo de produção da amentoflavona e agatisflavona, bem como, testar diferentes tipos de fontes de carbono, ausência/presença de luz, acessos e, diferentes concentrações de 2,4-D combinados ao meio de cultivo, no intuito de aumentar a produção de amentoflavona e agatisflavona a partir de cultura de calos de P. pyramidalis. Os estudos mostraram que o 2,4-diclorofenoxiacético induz calos em explantes nodal, foliar e internodal de P. pyramidalis e, que concentrações de 6,28 mg.L-1, 6,49 mg.L-1 e 4,91 mg.L-1 de 2,4-D nos segmentos nodal, internodal e foliar, respectivamente, favorecem a maior formação de calos aos 30 dias. Além disso, pode-se verificar que concentração de 10 mg.L-1 de 2,4-D proporciona ix maior oxidação nos calos aos 30 dias de cultivo, sendo que a maior formação de calos ocorre na concentração de 4,91 mg.L-1 de 2,4-D para o explante foliar aos 30 dias de cultivo in vitro. O acesso de Pernambuco, produz uma maior biomassa (0,1882 g) dos calos de Catingueira. No entanto, em ambos os acessos (BA e PE), a produção de amentoflavona é maior do que da agatisflavona em todos os tratamentos. Pode-se ainda verificar que a maior biomassa em calos de P. pyramidalis ocorre no tratamento com sacarose + 5 mg.L-1 de 2,4-D e, que o período de tempo de 60 dias é ideal para a produção da biomassa em calos de P. Pyramidalis; sendo que Sacarose + 5 mg.L-1 de 2,4-D favorece uma maior produção de amentoflavona (16,44 mg.L-1) e agatisflavona (0,58 mg.L-1). Enquanto que, o tratamento GT3 (Claro – Glicose 30 g.L-1 + 1 mg.L-1 de 2,4-D) é ótimo para a biossíntese de agatisflavona (5,87 mg.L-1) e amentoflavona (6,27 mg.L-1) aos 70 dias após inoculação. A biossíntese da amentoflavona é superior a agatisflavona em todos os tratamentos estudados.