Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Assis, Kleyson Rosário |
Orientador(a): |
Silva Filho, Waldomiro José |
Banca de defesa: |
Luz, Alexandre Meyer,
Dias, André Luís Mattedi,
El-Hani, Charbel Niño,
Candau, Vera Maria Ferrão |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Instituto de Física
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Programa de Pós-Graduação: |
Ensino, Filosofia e História das Ciências
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/23662
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Resumo: |
Há um problema que tem desafiado filósofos, cientistas, professores e instituições acadêmicas acerca da natureza da ciência e seu lugar nas sociedades contemporâneas: por um lado, uma visão universalista epistemológica do conhecimento científico parte do princípio de que a ciência é una, tem um local e uma data de nascimento mais ou menos mapeado, aproximadamente no século XVI na Europa, e fundamentada na moderna racionalidade europeia; por outro lado, uma perspectiva multiculturalista (no extremo relativista) aponta para a diversidade epistemológica elaborada a partir de distintas culturas humanas, que possuiriam diferentes caminhos para o conhecimento, métodos distintos de apreensão da realidade, que seriam tão legítimas e dignas quanto a ciência hegemônica. As duas perspectivas não são muito simpáticas entre si. O embate entre universalistas e multiculturalistas implica uma reflexão acerca da noção mesmo de “ciência”, assim como de noções correlatas, como de “realidade” e “verdade”, que não se reserva somente ao campo teórico, mas tem consequências importantes para as práticas e instituições. Para o presente trabalho, interessa precisamente as implicações desse debate no que diz respeito ao ensino de ciências nas universidades, sobretudo, a questão da natureza da ciência no ambiente de uma sociedade democrática e inclusiva. A partir daí apresento o que seria uma terceira via do debate: a interpretação do conhecimento científico partindo do neopragmatismo do filósofo norte-americano Richard Rorty (1931-2007), para o qual a ciência pode ser compreendida como uma atividade antes solidária que objetiva. Por fim, defendo a tese de que as políticas de ações afirmativas etnicorraciais são melhores descritas em termos de solidariedade do que de inclusão, e que essa descrição converge com a prática científica como caracterizada aqui. |