Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Cardoso, Renata da Silva |
Orientador(a): |
Parés, Luis Nicolau |
Banca de defesa: |
Lühning, Angela Elisabeth,
Sansi-Roca, Roger,
Parés, Luis Nicolau |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Antropologia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/34342
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Resumo: |
Os objetos apreendidos nos terreiros de candomblés pela polícia, quando não destruídos ou recolhidos por seus respectivos donos, possibilitou que algumas instituições, como o Museu Estácio de Lima, alimentassem suas coleções durante a primeira metade do século XX. É dentro desse contexto que a coleção de peças do candomblé do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia foi constituída. Esses objetos foram submetidos a um processo que, no início, os apresentava como provas de crime nas delegacias e, seguidamente, os musealizava, conferindo-lhes um novo valor. Sendo assim, a identificação do perfil dos doadores auxilia a entender o sentido de tal doação: se apreender objetos afro-religiosos demonstra o poder da polícia, salvaguardá-los e exibi-los de modo exemplar, como se fossem troféus de diligências punitivas, não deixa de ser outra forma de controle social. A cadeira do pai de santo Severiano Manoel de Abreu, o Jubiabá, é tratada como um estudo de caso, partindo da apreensão, até sua saída do IGHB, em comodato, para o terreiro remanescente Mokambo, liderado por tata Anselmo Santos. Ao requerer a cadeira-trono ao IGHB, o Mokambo tornou-se o primeiro terreiro na Bahia a recuperar uma peça apreendida pela força policial. A dissertação apresenta o contexto de formação da coleção de peças do candomblé do IGHB, uma coleção que demonstra o poder repressivo da polícia sobre as manifestações afro-religiosas e que inverte essa afirmativa quando um dos seus objetos é recuperado por líderes religiosos do candomblé. |