Associação entre violência familiar, fatores sociodemográficos, clínicos, comportamentais e transtorno mental comum em adolescentes escolares

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Gomes, Nadjane Rebouças lattes
Orientador(a): Martins, Ridalva Dias Félix lattes
Banca de defesa: Mota, Rosana Santos lattes, Rapold, Rita de Cássia Maskell lattes, Pires, Cláudia Geovana da Silva lattes, Palombo, Claudia Nery Teixeira lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Enfermagem (PPGENF)
Departamento: Escola de Enfermagem
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/38489
Resumo: Investigar a associação entre a violência intrafamiliar e os fatores sociodemográficos, clínicos, comportamentais e o Transtorno Mental Comum em adolescentes escolares; Traçar o perfil sociodemográfico e estilo de vida de adolescentes escolares em vivência de violência intrafamiliar. Refere-se a um estudo de corte transversal, efetuado em uma escola pública, na cidade de Salvador, Bahia, Brasil. A amostra do estudo foi formada por 230 adolescentes escolares, com idade variando de 10 a 19 anos, de acordo com a categorização da Organização Mundial de Saúde (OMS). O cálculo amostral foi produzido com o pacote estatístico R, versão 3.3.1, concebendo a margem de erro de 5%, o nível de significância de 5% e reposição de 20%. Utilizou-se um formulário contendo as variáveis e uma escala SRQ-20 para avaliar o TMC. Os dados foram processados pelo auxílio do Programa Stata, versão 12. Os resultados da dissertação foram apresentados em 2 manuscritos. O manuscrito 1 intitulado “Fatores associados à vivência de violência na família por adolescentes” está vinculado ao objetivo 1 da dissertação: Investigar a associação entre a violência intrafamiliar e os fatores sociodemográficos, clínicos, comportamentais e o TMC em adolescentes escolares. Esta população é composta majoritariamente por adolescentes com idade entre 10 e 14 anos (50,9%), autodeclarados negros (78,7%), do sexo feminino (57,8%), que declararam não ter namorado(a). O estudo mostrou associação positiva, embora sem significância entre a vivência de violência e as seguintes variáveis: sexo feminino; ter namorado(a); o adolescente contribui para o sustento da família. A vivência de violência intrafamiliar teve uma associação positiva com significância estatística entre as variáveis: TMC e o uso de álcool alguma vez na vida. Destaca-se também uma associação positiva, sem significância estatística com as variáveis: uso de álcool no último mês; uso de cigarro alguma vez na vida; uso de cigarro no último mês ; uso de drogas ilícitas. Na análise multivariada não houve associação positiva, com significância, em nenhuma das variáveis, entretanto, no modelo final o estudo identificou-se associação significante entre a vivência de violência intrafamiliar e as seguintes variáveis respectivamente: TMC e uso de álcool alguma vez. O manuscrito 2 intitulado “Perfil de adolescentes em vivência de violência intrafamiliar” está vinculado ao objetivo 2 da dissertação: Traçar o perfil sociodemográfico e estilo de vida de adolescentes escolares em vivência de violência intrafamiliar. A população do estudo foi composta por 145 adolescentes, com vivência de violência intrafamiliar, sendo as meninas, o grupo mais exposto ao agravo (62,1%), autodeclaradas negras (77,9%), não possui namorado(a). De acordo com as características comportamentais e hábitos de vida dessas(os) adolescentes 63,5% apresentaram TMC, 75,2% afirmaram que consumiram álcool (alguma vez na vida). O estudo revelou o perfil de adolescentes mais susceptível a situação de violência no ambiente doméstico e ainda que essas(es) adolescentes com vivência de violência intrafamiliar possuem mais chances de utilizar álcool e apresentar TMC em comparação aquelas(es) que não experienciaram o agravo, evidenciando a importância de uma atuação precoce para evitar ou amenizar os impactos causados, principalmente à saúde mental dos adolescentes.