Avaliação estomatológica em pacientes pediátricos obesos do Centro Pediátrico Professor Hosannah de Oliveira em Salvador

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Ferraz, Eduardo Gomes
Orientador(a): Silva, Luciana Rodrigues
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia - Instituto de Ciências da Saúde
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação - Processos Interativos dos Órgãos e Sistemas
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/15661
Resumo: Este estudo teve como objetivo avaliar as alterações estomatológicas em pacientes pediátricos obesos do Centro Pediátrico Professor Hosannah de Oliveira (CPPHO) em Salvador. Foi realizado um estudo transversal no período de 2011 a 2012, a partir da avaliação de 180 crianças e adolescentes, na faixa etária de 6 a 14 anos, de ambos os sexos, divididas em dois grupos (obesos e eutróficos) de acordo com a avaliação do Índice de Massa Corporal (IMC). Os pacientes responderam um formulário e foram submetidos ao exame clínico bucal. Posteriormente radiografias convencionais do tipo interproximal e panorâmica foram realizadas e digitalizadas por um scanner com leitor de transparência. Os resultados demonstraram que o Índice de Higiene Oral (IHO) foi fraco em 23 obesos (38,4%) e em 5 eutróficos (2,5%), com diferença significativa entre os grupos (p<0,001). Erosão dentária foi observada em 2 obesos (3,33%), com maior prevalência de lesões restritas nas faces lingual e palatina dos incisivos e caninos inferiores e superiores respectivamente. A média de Dentes Cariados, Perdidos e Obturados (CPOD) nos obesos foi 0,98 e nos eutróficos de 0,57, sem diferença significativa entre os grupos (p=0,206). Em relação ao ceod, a média nos eutróficos (1,66) foi maior comparados aos obesos (0,95), com diferença significativa entre os grupos (p=0,021). De acordo com o Sistema Internacional de Avaliação e Detecção de Cárie (ICDAS II), houve uma maior prevalência de lesões não cavitadas em esmalte (códigos 1-3) nos obesos (156 - 10,5%) comparados aos eutróficos (55 - 1,9%), com diferença significativa entre os grupos (p<0,001). A análise visual das radiografias interproximais demonstrou maior prevalência de cárie em esmalte nos obesos (187 - 16,3%) em relação aos eutróficos (90 - 3,8%). O valor da média dos níveis de cinza no esmalte dos dentes posteriores nas radiografias interproximais foi significativamente menor nos obesos comparados aos eutróficos, tanto na avaliação da dentição permanente quanto decídua, independentemente da classificação por faixa etária. A análise das radiografias panorâmicas não demonstrou imagens compatíveis com ateromas calcificados nos tecidos moles, entretanto outras alterações foram identificadas, como a presença calcificação do ligamento estilo hioideo, sinusopatias e processos inflamatórios periapicais, sem diferença significativa entre os grupos. Em conclusão, pode-se observar que os pacientes pediátricos obesos estão mais susceptíveis às alterações bucais.