Avaliação metabolômica e atividade antioxidante, citotóxica e antimicrobiana de extratos do estigma de zea mays l.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Da Hora, Natan Rodrigues Santana
Orientador(a): Jesus, Paulo Roberto Ribeiro de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto de Ciências da Saúde
Programa de Pós-Graduação: Programa Multicêntrico de Pós-Graduação em Bioquímica e Biologia Molecular
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/32956
Resumo: INTRODUÇÃO: O estigma de milho é parte da flor feminina de Zea mays L., bem conhecida pela medicina tradicional chinesa. A literatura científica relata suas atividades farmacológicas, mas são poucos os estudos científicos que realizam um mapeamento químico global e correlacionam os metabólitos com as atividades investigadas por meio de uma metabolômica. OBJETIVO: Caracterizar o perfil metabolômico e as atividades antioxidante, antimicrobiana e citotóxica de extratos do estigma de Zea mays L. in natura e seu produto comercial. MATERIAIS E MÉTODOS: Os extratos foram obtidos a partir do estigma do milho, por maceração em diferentes solventes, como hexano, acetato de etila e etanol. A atividade antioxidante foi fornecida pelo método de sequestro de radicais livres 2,2-difenil-1-picrilhidrazil (DPPH) e os fenóis totais foram quantificados pelo ensaio de Folin-Ciocalteu. A atividade antimicrobiana foi avaliada pelo método de microdiluição em caldo contra bactérias Gram-positivas e Gram-negativas, além de fungos não filamentosos. A citotoxicidade foi avaliada contra uma linhagem tumoral de glioma de camundongo (C6), através da análise da viabilidade celular pelo método de redução do brometo de 3- (4,5-dimetiltiazol-2-il) -2,5- difeniltetrazólio (MTT). O perfil metabolômico foi avaliado por cromatografia líquida de alta eficiência acoplada a espectrometria de massas (CLAE-EM) e cromatografia gasosa acoplada a espectrometria de massas (CG-EM). Na análise univariada foram utilizadas análises de variância (ANOVA), plotagem de vulcão e análise de correlação. Na análise multivariada os métodos foram o PLS-DA, VIP e o mapa de calor. Em geral, os extratos etanólicos apresentam melhor atividade antioxidante e maiores valores de fenóis totais. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A atividade antioxidante (IC50) variou de 77,44 μg mL-1 para o extrato etanólico do estádio reprodutivo 1 (E1R1) até 950,31 μg mL-1 para o extrato hexânico do produto comercial (CH). Os valores de fenóis totais variaram de 12,95 mg EAG g-1 para extrato etanólico com etanol de produto comercial a 46,14 mg EAG g-1 para extrato etanólico no estádio reprodutivo 1. O extrato com acetato de etila estádio reprodutivo 1 (EAR1) apresentou melhor atividade antibacteriana contra Bacillus subtilis e Pseudomonas aeruginosa (500 μg mL-1). O extrato EAR1 apresentou maior atividade citotóxica, pois conseguiu diminuir a viabilidade da linhagem tumoral C6 (100 μg mL-1) em 40,74%. Foram identificados trinta metabólitos. CONCLUSÃO: Embora alguns estudos apresentem as atividades biológicas dos extratos de Zea mays L., este foi o pioneiro em apresentar uma avaliação metabolômica global de extratos com diferentes polaridades e correlacionar os resultados das atividades antioxidante, citotóxica e antitumicrobiana com os metabólitos localizados nos extratos. A ramnose, yiamoloside B, ácido 2-ceto-L-glucônico, glicose, ácido lático, ácido glicérico são os metabólitos mais correlacionados com as atividades biológicas. A utilização dos solventes, acetato de etila e etanol, influenciou o perfil metabolômico dos extratos, EAR1, E1R1 e E2R3, e estes apresentaram atividades biológicas superiores quando comparados com os extratos hexânicos. Os extratos no estádio fenológico reprodutivo 1 apresentaram perfil metabolômico importante para as atividades biológicas testadas neste estudo quando comparado estádio fenológico reprodutivo 2. Os extratos obtidos das amostras in natura apresentaram maiores atividades biológicas quando comparados com as amostas comerciais.