A Escola de Belas Artes da Bahia: pintores esquecidos e consagrados 1889-1950

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Silva, Anderson Marinho da lattes
Orientador(a): Freire, Luiz Alberto Ribeiro lattes
Banca de defesa: Freire, Luiz Alberto Ribeiro lattes, Cavalcanti, Ana Maria Tavares lattes, Leal, Maria das Graças de Andrade lattes, Pêpe, Suzane Tavares de Pinho lattes, Midlej, Dilson Rodrigues lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais (PPGAV )
Departamento: Escola de Belas Artes
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/37784
Resumo: A tese versa sobre os motivos artísticos, políticos e institucionais que definiram o reconhecimento ou esquecimento dos pintores baianos na primeira metade do Século XX. Formados na Escola de Belas Artes da Bahia (EBAB), todos ensinaram desenho ou pintura em nosso estado e contribuíram com o desenvolvimento das artes baianas. Independente das diferenças estéticas adotadas e do nível artístico de cada pintor, todos gozaram de reconhecimento nas três primeiras décadas do Século passado. Na EBAB, o curso de arquitetura entrou em evidência na década de 1920, e um grupo de engenheiros formados na Politécnica assumiu a escola, em 1928, com a intenção de requalificar o curso de arquitetura, até então sem reconhecimento oficial. Ligado à ideologia modernista, o arquiteto foi o profissional eleito para direcionar o país na construção de uma nova identidade nacional, e os cursos de arquitetura formariam esses profissionais. Na EBAB, artistas acusaram os engenheiros de desviarem valores ligados do Legado Caminhoá, doação testamentária deixada para a escola pelo engenheiro Francisco Caminhoá, em 1915. As acusações levaram a conflitos entre artistas e engenheiros que resultaram na suspensão, demissão ou aposentadoria dos antigos professores artistas. Grandes nomes da arte baiana substituíram os afastados com a intenção de renovar a pintura e ocultar as acusações. A gestão dos engenheiros renovou a escola e conseguiu o apoio político necessário para reerguê-la, sendo anexada à Universidade da Bahia, em 1947. Os professores artistas que permaneceram ao lado dos engenheiros, auxiliando no projeto de modernização baiana, foram reconhecidos por nossa historiografia, enquanto os outros passaram a ser ocultados e, aos poucos, esquecidos. A celeuma entre os antigos artistas e engenheiros, o projeto de modernização da Bahia e a historiografia modernista baiana evidenciaram alguns pintores e excluíram outros, interferindo em suas vidas e também em suas memórias.