Eros em trânsitos: a tradução do erótico e do obsceno em três romances de Jorge Amado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Batista, André Luiz Nogueira lattes
Orientador(a): Ramos, Elizabeth Santos lattes
Banca de defesa: Ramos, Elizabeth Santos lattes, Ramos, Ana Rosa Neves lattes, Morinaka, Eliza Mitiyo lattes, Pereira, Maurício Matos dos santos lattes, Pfau, Monique lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Pós-Graduação em Literatura e Cultura (PPGLITCULT) 
Departamento: Instituto de Letras
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/35112
Resumo: O estudo da linguagem erótica e obscena na produção literária de Jorge Amado pode possibilitar a compreensão do comportamento sexual em determinado tempo e espaço, na medida em que vários de seus romances trazem expressões de desejo sexual, paixão adúltera, virgindade e castidade, em locais tão diversos, quanto pensões, ruas, residências e bordéis. No sentido de expandir o estudo sobre traduções de romances amadianos, esta tese, num primeiro momento, se propôs a identificar, interpretar e analisar o erotismo e a obscenidade observados na produção literária do escritor baiano. Para fundamentar essa análise, trago reflexões de autores como Georges Bataille, Dominique Maingueneau, Giorgio Agambem, Michel Foucault e Pierre Bourdieu, dentre outros. O corpus de partida é composto dos seguintes romances: Dona Flor e Seus dois maridos (1966), Gabriela, Cravo e Canela (1958) e Tenda dos milagres (1969) e suas respectivas traduções para a língua inglesa. Num segundo momento, a pesquisa deteve-se no exame da tradução para a língua inglesa dos traços de erotismo e obscenidade identificados, com o objetivo de se verificar o tratamento dispensado pelos diferentes tradutores – Harriet De Onís, James L. Taylor, William Grossman e Barbara Shelby – à linguagem erótica e obscena. Como suporte para as reflexões teóricas a respeito dos procedimentos tradutórios, recorro às reflexões de autores como Jacques Derrida, Rosemary Arrojo, Cristina Carneiro Rodrigues e Lawrence Venuti, dentre outros. A análise possibilitou verificar como foram recriadas, expandidas ou suprimidas as representações do erótico e do obsceno, em culturas de origem marcadamente puritana. A investigação contempla, evidentemente, as preferências dos tradutores, além dos contextos sociais, históricos e políticos em que se inserem.