A prioridade dos docentes surdos para ensinar a disciplina língua brasileira de sinais (LIBRAS) nas instituições de ensino superior após o decreto 5.626/2005

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Rebouças, Larissa Silva
Orientador(a): Bordas, Miguel Angel García, Sá, Nídia Regina Limeira de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/11121
Resumo: Com esta pesquisa procurei demonstrar que muitos professores ouvintes passaram a ensinar a LIBRAS após o decreto 5.626/2005. Isto acontece porque muitas pessoas surdas não ultrapassaram o nível superior de escolaridade. Por outro lado, o decreto estipula a prioridade das pessoas surdas, mesmo aquelas que têm escolaridade de nível médio, mas que têm formação comprovada como instrutores de LIBRAS. Um dos objetivos desta pesquisa foi o levantamento da disciplina LIBRAS nas IES de todo Brasil e a partir deste trabalho, procurei estabelecer contato com estas IES e os professores surdos e ouvintes. As IES começaram a oferecer esta disciplina a partir da publicação do decreto, mas passaram a contratar professores ouvintes por não conhecer o perfil profissional de muitos surdos habilitados a ensinar LIBRAS com formação de instrutores ou de professores graduados e pósgraduados. O levantamento das IES que já oferecem a disciplina foi feito por região. Na primeira parte desta dissertação, trato da minha própria trajetória pessoal de aprendizagem da LIBRAS, tanto a nível de instrutora e agente multiplicador, bem como do meu exercício profissional como professora nas IES. A seguir, exponho importantes referenciais teóricos que diferenciam a Surdez da deficiência auditiva, uma vez que as pessoas surdas têm uma cultura e uma identidade próprias. Na sessão seguinte, evidencio os referenciais legais que estabelecem o reconhecimento da LIBRAS como língua da comunidade surda e a prioridade das pessoas surdas para o ensino desta língua. A quarta parte desta dissertação, informa os resultados da minha investigação sobre o ensino da LIBRAS que realizei com a participação de alunos, professores surdos e ouvintes. Nas considerações finais, retomo o problema da prioridade do exercício docente para os surdos, apontando soluções possíveis para os problemas identificados a partir das opiniões de alunos e professores.