Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Macedo, Clarissa Moreira de |
Orientador(a): |
Ornellas, Sandra Santos |
Banca de defesa: |
Blanco, Lucia Castelo,
Botelho, Marcos Cezar,
Muniz, Marcio Ricardo Coelho,
Vieira, Nancy Rita Ferreira |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Instituto de Letras
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Literatura e Cultura
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/28637
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Resumo: |
As obras de Juraci Dórea e Miguel Torga apresentam imagens telúricas, transfiguradas, muitas vezes, em sertão e em montanhas, revestidas por metáforas e com alguns desdobramentos. Essa imagética constrói uma topografia que reescreve paisagens, sugerindo significações e abordagens. O telúrico na obra desses autores – que enveredam por, além da poesia, domínios e gêneros como o ensaio e as artes visuais no caso de Dórea; o romance, o teatro, o diário e o conto, no caso de Torga – arquiteta um lugar. Na literatura, percebe-se que a imagem da terra assume diferentes acepções, variando de acordo com a perspectiva de cada autora/or. Dessa forma, após algumas leituras e hipóteses, estabelece-se a necessidade de discutirmos a imagem da terra também através da averiguação de uma geopoética (WHITE, 2016) – uma poética da terra – aliada a um pequeno levantamento do telúrico na literatura. Nesse sentido, a partir de um viés relacional – por intermédio do operador-conceito do rizoma, desenvolvido por Deleuze e Guattari (1995) –, apresento no primeiro capítulo desta pesquisa um brevíssimo panorama sobre a presença da imagem da terra no texto literário brasileiro e português de meados do século XIX até hoje. Empreendo, na segunda parte do trabalho, uma síntese sobre o telúrico na obra visual doreana e na contística torguiana. No terceiro capítulo, realizo uma leitura de poemas de Dórea e Torga em que a imagem do terral se faz presente, na tentativa de destacar afinidades e disparidades entre o trabalho dos dois artistas no que se refere ao telúrico, e de explanar como a noção de terra atua na sua literatura. Investigo a hipótese de que a imagem da terra nas obras dos escritores em pauta conforma um terceiro espaço, configurando uma imagética que demanda um entre-meio, um lugar sem precedentes, que pode conduzir a um tipo de reencantamento (MAFFESOLI, 2002). Utilizo, para tanto, um conto de Guimarães Rosa (2016) transformado em operador de leitura, textos de Deleuze e Guattari (1977; 1992; 1995; 1997; 2005), dentre outros. |