Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Frederico Ramos
|
Orientador(a): |
Lemos, André Luiz Martins
|
Banca de defesa: |
Lemos, André Luiz Martins
,
Corrêa, Elizabeth Nicolau Saad
,
Santaella, Lucia
,
Ferrari, Pollyana
,
Cardoso, Tarcísio
|
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Bahia
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura Contemporâneas ( POSCOM)
|
Departamento: |
Faculdade de Comunicação
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/37610
|
Resumo: |
Objetiva compreender as fake news no atual contexto de plataformização, dataficação e performatividade algorítmica (PDPA – LEMOS, 2020b, 2020c), investigando seus tipos, formas de circulação, os atores envolvidos em sua produção, circulação e consumo, sua relação com o jornalismo e com a produção jornalística da verdade. Avalia duas hipóteses: a) as fake news são resultado da PDPA, são diretamente relacionadas às plataformas e suas interfaces; e b) checagens e fake news se distinguem pelo modo como se fundamentam, pelas referências que convocam. Para testar tais hipóteses, considerou-se três casos: o kit gay, a Vaza Jato e a Covid-19. Sob a fundamentação da Teoria Ator-Rede e dos Modos de Existência dos Modernos (LATOUR, 2019), tal investigação teve como fontes: conteúdos falsos sobre os casos; checagens jornalísticas; tuites; entrevistas, diário de campo e interfaces de aplicativos de mensagens instantâneas. Envolveu técnicas de análise de conteúdo, de análise de redes sociais, de análise de interfaces (método walkthrough), assim como a participação do pesquisador em grupos públicos de política no Telegram e no WhatsApp. Os resultados apontam a relação entre fake news e plataformas, demonstrando como interfaces produzem tipos específicos de desinformação; determinam estratégias para que a circulação de um conteúdo falso seja ampliada; convocam públicos específicos que consomem fake news; e que ferramentas de crowdfunding e de monetização estão relacionadas à produção e à circulação de conteúdos falsos. Os resultados ressaltam as intervenções do Programa de Verificação de Fatos Independente da Meta (3PFC) na noticiabilidade, nas rotinas produtivas e no próprio fact-checking. Apontam que checagens e fake news convocam diferentes referências para se fundamentar, sendo que checagens são mais bem fundamentadas. Entre as estratégias mais comuns utilizadas pelos produtores de fake news, a pesquisa identificou a anonimização da fonte; a atribuição equivocada de autoria; o astroturfing; o call to action; o conspiracionismo; a manipulação de documentos; o erro da fonte, a falsa conexão; a fraude e a utilização de receitas, oferta de conselhos e a empiria. A tese também propôs uma classificação dos tipos de conteúdos falsos que circulam no WhatsApp. A partir desses dados, é possível concluir que as plataformas e suas interfaces participam diretamente da produção, da circulação e da refutação das fake news. |