O PONTO E A ENCRUZILHADA: A POESIA NEGRA RASURANDO A MEMÓRIA, A HISTÓRIA E A LITERATURA OFICIAL ATRAVÉS DA INTERTEXTUALIDADE

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Freitas, Ivana Silva
Orientador(a): Souza, Florentina da Silva
Banca de defesa: Santos, Alvanita Almeida, Santos, José Henrique de Freitas, Oliveira, Maria Anória de Jesus, Oliveira, Sayonara Amaral de
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto de Letras
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Literatura e Cultura
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/26459
Resumo: Este trabalho é fruto do desenvolvimento de pesquisas realizadas durante a graduação, o mestrado e o curso de doutorado, visando a análise de como a poética negra brasileira, através da intertextualidade, instaura pontos de rasuras e fraturas na memória, na história e na literatura oficial através do conflito e do reconhecimento do espaço poético como uma arena. Pesquisar sobre a intertextualidade paródica entre a poesia negra e a memória, a história e a Literatura reconhecida como cânone no Brasil, consiste não somente questionar os processos de consagração e exclusão de textos literários, mas também refletir sobre os desafios para a implementação de uma educação anti-racista. Para tanto, a partir do entrelaçamento das contribuições dos estudos literários, históricos e culturais, foram levantados e analisados mais de 70 poemas negros brasileiros, de diferentes épocas, que constituem intertextualidade crítica com memórias, histórias e literaturas historicamente consagradas. A partir dessa análise, foi possível afirmar que a intertextualidade é uma constante discursiva da Literatura negra utilizada no sentido de rasurar o discurso hegemônico, instaurando o conflito de memórias e fazendo emergir outras memórias e histórias nas quais a população negra assume a condição de sujeito. Dessa forma, a poética negra brasileira configura-se também como um instrumento de luta contra o racismo, inclusive o racismo disseminado na própria literatura reconhecida como cânone no Brasil.