Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2025 |
Autor(a) principal: |
Ramos, Leila Valverde
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Orientador(a): |
Araújo, Roberto Paulo Correia de
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Banca de defesa: |
Araújo, Roberto Paulo Correia de
,
Fernandes, Atson Carlos de Souza
,
Matta, Mônica Cardoso da
,
Ribeiro, Marcos Borges
,
Rossi, Marcelle Alvarez
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Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Bahia
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Processos Interativos dos Órgãos e Sistemas (PPGORGSISTEM)
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Departamento: |
Instituto de Ciências da Saúde - ICS
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/41266
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Resumo: |
Introdução – A doença falciforme (DF) é uma patologia genética, predominante em pessoas pretas e pardas, com alta prevalência e incidência. As hemácias com hemoglobina S (HbS) apresentam formato similar à foice, que podem causar lesões teciduais de órgãos, frequentemente, acompanhadas de dor, perdas físico-funcionais, emocionais, sociais e laborais. Nesse contexto, estudos são necessários para conhecer mais detalhadamente a DF, as complicações associadas e os prováveis impactos biopsicossociais. Objetivo – Avaliar os aspectos clínicos, físico-funcionais e emocionais de adultos com DF atendidos em um hospital público de referência na cidade de Salvador, Bahia. Materiais e métodos – Trinta e oito adultos com DF participaram desse estudo quantitativo, descritivo e transversal, no período entre maio e dezembro de 2024. O perfil clínico foi traçado mediante anamnese detalhada, que incluiu a descrição dos aspectos sociodemográficos; avaliação da dor por meio da Escala Visual Analógica (EVA) e do Inventário Breve da Dor (IBD); aplicação do questionário Short Form Health Survey (SF-36), da escala Hospital Anxiety and Depression Scale (HADS), e do questionário PROMIS Fatigue-Short Form v1.0-Fatigue 7A (PROMIS F-SF). As análises estatísticas descritivas foram realizadas pelo Software R. Resultados – A amostra apresentou distribuição de gênero equitativa e idade média de 33,5 anos. Majoritariamente solteiros (65,8%), pretos (55,3%) e pardos (42,1%), com ensino médio completo (50%), renda familiar mensal de até um salário mínimo (71,1%), DF do tipo HbSS (71,1%) e HbSC (28,9%), presença de dores crônicas (100%) e osteonecrose da cabeça femoral (OCF) (94,8%). 44,7% exibiram intensidade de dor moderada (EVA) com graves impactos na vida diária (IBD) (60%); 34,2% tiveram suspeita de ansiedade e 26,3% de depressão (HADS); 69,6% apresentaram fadiga moderada (PROMIS F S-F); e valores reduzidos para os aspectos físicos, indicando comprometimento da qualidade de vida relacionada à saúde (QVRS) (SF-36). Conclusão – O estudo destaca a relevância dos instrumentos de avaliação no diagnóstico, acompanhamento e manejo da DF, evidenciando impactos biopsicossociais significativos. Esses achados podem subsidiar a literatura científica e orientar práticas clínicas mais efetivas para pacientes com DF. |