Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Campos, Taís Cordeiro |
Orientador(a): |
Véras, Renata Meira |
Banca de defesa: |
Carmo, Maria Beatriz Barreto do,
Freitas, Paloma de Sousa Pinho,
Jucá, Vládia Jamile dos Santos |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Instituto de Humanidades, Artes e Ciências Professor Milton Santos
|
Programa de Pós-Graduação: |
Estudos Interdisciplinares Sobre a Universidade
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/27141
|
Resumo: |
Pesquisas indicam que as novas configurações do trabalho docente nas universidades públicas brasileiras têm sido caracterizadas por um importante quadro de precarização do trabalho, com intensificação da jornada diária, flexibilização das relações trabalhistas, sobrecarga de trabalho, excesso de controle institucional e sucateamento da infraestrutura. Tal quadro tem gerado sofrimento emocional e, por vezes, adoecimento mental dos docentes, destacando-se as elevadas taxas de prevalência de Transtornos Mentais Comuns encontradas em pesquisas epidemiológicas envolvendo tais profissionais. Neste contexto, a presente dissertação tem como objetivo geral analisar o adoecimento mental do docente universitário brasileiro. Para tanto, desenvolveu-se uma pesquisa que resultou na elaboração de três artigos, os quais seguiram percursos metodológicos diferentes. O primeiro artigo corresponde a uma revisão narrativa da literatura, o segundo artigo consiste em uma revisão sistemática da literatura e o terceiro artigo trata-se de um estudo epidemiológico de corte transversal. A partir da revisão narrativa, verificou-se que o trabalho docente, permeado pela precarização do trabalho, tem gerado impactos não apenas na rotina, mas também na saúde dos docentes universitários. O comprometimento da saúde mental é evidenciado pelas elevadas taxas de prevalência de Transtornos Mentais Comuns encontradas em pesquisas epidemiológicas envolvendo docentes, conforme verificado na revisão sistemática. O estudo epidemiológico revelou uma significativa taxa de prevalência, 29,9%, de Transtornos Mentais Comuns na amostra investigada, com associação estatisticamente significativa de tal grupo de transtornos com os sentimentos de desgaste na relação com os alunos e de insatisfação em trabalhar na instituição participante. Considera-se importante ampliar o conhecimento a respeito da temática do adoecimento mental em docentes universitários, a fim de implantar ações de promoção da saúde e prevenção do adoecimento destes trabalhadores. Além disso, é necessário pensar em estratégias que visem melhorar as condições e organizações do trabalho nas instituições, considerando a importância de tais aspectos para a saúde mental dos docentes. |