Encruzilhadas metodológicas: ensino de história da África e dos africanos nos anos iniciais do ensino fundamental

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Carmo, Eliane Fátima Boa Morte do lattes
Orientador(a): Abib, Pedro Adolpho Jungers lattes
Banca de defesa: Silva, Ana Célia da lattes, Nascimento, Cláudio Orlando Costa do lattes, Franco, Nanci Helena Rebouças lattes, Abib, Pedro Adolpho Jungers lattes, Jesus, Rita de Cassia Dias Pereira de lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE) 
Departamento: Faculdade de Educação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/37710
Resumo: Quem é negro no Brasil? Esta pergunta suscita várias reflexões sobre a estrutura populacional de Salvador, da Bahia e do Brasil, além de permite uma discussão das características dos estudantes matriculados na rede e, concomitantemente, da reflexão dos profissionais da educação, inicia o processo de construção de metodologias para inserção da temática étnico-racial no currículo. A Lei nº 10.639/2003, no primeiro parágrafo, indica a obrigatoriedade do estudo da História da África e dos Africanos. É neste conteúdo que centramos o presente estudo, fazendo um panorama histórico e geográfico do Continente Africano, no sentido de subsidiar as professoras e professores dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental em ampliar sua visão sobre o continente africano plural, diverso, com seu legado de técnicas e conhecimentos, ampliando percepção para além de sua divisão geopolítica formatada após a colonização do Continente pelos países europeus. Toda nossa proposta de discussão é atravessada pelo estudo de currículo. Um currículo que permita pensar a História da África e dos Africanos para além dos estereótipos de fome, atraso no desenvolvimento, pobreza da população e dos recursos minerais, guerras etc., ou seja, apenas uma visão negativa do mesmo. Esta (re)construção do currículo, na escola, passa pela compreensão da complexidade das questões que o envolve, das escolhas dos professores, das necessidades de transversalisar os temas. A metodologia de pesquisa é de abordagem predominantemente qualitativa, inspirada nos pressupostos da Pesquisa-Ação, tendo como método de procedimento a Pesquisa-Formação realizada em três escolas da Rede Municipal de Ensino de Salvador (Escola Municipal do Pescador, Escola Municipal General Labatut e Escola Municipal Professora Sonia Cavalcanti) do segmento dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental. A pesquisa a partir dos projetos elaborados nas escolas participantes da pesquisa, em um processo de construção coletiva e formação das professoras e professores, nos incitaram a inserir, no currículo, alguns povos africanos. Estes elementos foram levados para o cotidiano da escola em várias atividades nos diversos componentes curriculares e na culminância de projetos. Por fim, propusemos caminhos, pistas, indicações e proposições acerca da construção de um currículo que contemple a temática da História da África e dos Africanos, de forma transversal ao conteúdo obrigatório dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental (1º ao 5º ano). Estas reflexões levaram a construção do Referencial Curricular Municipal para Educação das Relações Étnico-Raciais de Salvador.