Mulheres negras no livro didático Sociologia em Movimento PNLD/2018: uma análise interseccional

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Level, Inaê Nogueira
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/7020459056703732, https://orcid.org/0000-0002-7308-639X
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Educação, Agricultura e Ambiente - Humaitá
Brasil
UFAM
Programa de Pós-graduação em Ensino de Ciências e Humanidades
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
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Link de acesso: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/10231
Resumo: Esta dissertação, intitulada Mulheres negras no livro didático Sociologia em Movimento PNLD/2018: uma análise interseccional, apresenta uma pesquisa em que se investigou a representação das mulheres negras no referido livro, o qual foi ofertado aos estudantes das três séries do Ensino Médio e o mais requisitado pelas escolas brasileiras. A pesquisa se fundamentou na Teoria Interseccional - fruto do esforço teórico das feministas negras -, que considera as diversas nuances de opressões que atravessam a vida dessas mulheres. Buscou-se conhecer de que maneira esse livro didático apresenta as questões referentes a raça, gênero e classe social, haja vista que, durante séculos, a educação esteve pautada em uma visão eurocêntrica de mundo, não conferindo importância e protagonismo à população negra, especialmente às mulheres negras no contexto social brasileiro. Ademais, intentou-se compreender de que forma o currículo de Sociologia no Ensino Médio aborda e cumpre a legislação que torna obrigatório o ensino de história e cultura afro-brasileira e indígena nos estabelecimentos de ensino e qual a importância conferida às mulheres negras no livro didático em tela. Em termos metodológicos, adotou-se a abordagem qualitativa, a partir da análise crítica do livro didático em questão, utilizando-se da Interseccionalidade como ferramenta teórico-metodológica. O estudo abordou a contextualização histórica, social e política do ensino da Sociologia no Brasil, marcada por idas e vindas no currículo escolar, além de tecer críticas às teorias coloniais. Com base nos pressupostos do feminismo negro, desenvolveu-se, ainda, uma reflexão crítica acerca do currículo de Sociologia, materializado no livro didático, argumentando que este desempenha um papel significativo na formação dos estudantes sobre as questões de raça, gênero e classe. Os resultados evidenciaram que, em alguns capítulos, o livro didático analisado cumpre a legislação antirracista, reconhece e valoriza a diversidade e as complexidades das relações raciais no Brasil, destacando a importância das mulheres negras.