Violência e conflito na sociedade pós-convencional: os dilemas da razão prática e das relações de reconhecimento
Ano de defesa: | 2010 |
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Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Ciências Humanas e Letras BR UFAM Programa de Pós-graduação em Sociologia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/3388 |
Resumo: | Este trabalho trata de uma análise acerca do fenômeno da violência e do conflito social moderno no contexto da idéia de uma sociedade pós-convencional. Esta definição parte do pressuposto de que as estruturas jurídico-normativas destas sociedades apresentam certo nível de sofisticação e complexificação social no que diz respeito ao tratamento e regulamentação dos dilemas morais, isto é, dos conflitos de ação moral. Neste contexto, os sujeitos de personalidade moderna tendem a orientar suas ações e comportamentos com base em princípios ético-morais autônomos, abstratos e cada vez mais universais. Em face disto, a pesquisa buscou compreender o fenômeno da violência e dos conflitos de ação como um problema de ordem ético-moral e normativo produzidos pelos efeitos da crise da modernidade, especialmente no que concerne aos processos de subjetivação, autonomização e unilateralização da razão e da moralidade. Assim, a pesquisa focalizou a violência sob o horizonte dos dilemas da razão prática, isto é, do seu uso como meio de coordenação da ação dos sujeitos e resolução dos dilemas ético-morais postos pelos conflitos de ação. Por outro lado, a pesquisa sugere que a violência constitui uma prática social vinculada aos dilemas da crise da modernidade, particularmente no que se refere às relações sociais de reconhecimento. O pressuposto do reconhecimento recíproco fundamenta-se nas relações intersubjetivas responsáveis pela formação da identidade moral dos sujeitos. Por conseguinte, a violência implica em um não-reconhecimento, isto é, em uma prática de violação e desrespeito social das expectativas morais inerentes às identidades individuais e coletivas, podendo incorrer em uma luta por reconhecimento social manifesta em um conflito social motivado pela violação, denegação e desrespeito da gramática moral das relações sociais. A violência e o conflito social transitam na esfera dos dilemas morais das sociedades modernas contemporâneas, expressando-se como um problema de ordem intersubjetiva, de perda de sentido e degradação dos processos de socialização e reconhecimento social, presentes desde sempre no horizonte do mundo da vida. |