Análise psicodinâmica do adoecimento relacionado ao trabalho em uma empresa no Pólo Industrial de Manaus
Ano de defesa: | 2016 |
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Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas
Faculdade de Psicologia Brasil UFAM Programa de Pós-graduação em Psicologia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/5639 |
Resumo: | A pesquisa teve como objetivo geral compreender a dimensão subjetiva do processo do adoecimento por Distúrbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho - DORT, em um grupo de trabalhadores em tarefa restrita de uma empresa no Pólo Industrial de Manaus. Utilizou-se a fundamentação teórico-metodológica da Psicodinâmica do Trabalho – PDT, que possibilitou a análise psicodinâmica da dimensão subjetiva do trabalho. O método contribui para a promoção da saúde e possui diferentes etapas: a pré-pesquisa, análise de demanda, constituição de grupos de trabalhadores e pesquisadores, pesquisa propriamente dita, material de pesquisa, observação clínica, método de interpretação, validação e refutação, os quais foram adequados ao real da pesquisadora. Os resultados da clínica do trabalho e da ação sinalizaram a banalização do mal, conforme desenvolvida por Dejours, com relação ao adoecimento relacionado ao trabalho, na empresa pesquisada. A discussão dos resultados revelou paradoxos na organização do trabalho, sofrimento imputado pela liderança, aceleração e sobrecarga. Os laços de cooperação e mobilização coletiva estavam enfraquecidos, a inteligência prática do trabalhador era ignorada e não havia um acompanhamento eficaz do adoecimento relacionado ao trabalho. Ansiedade e insegurança estavam presentes, devido ao medo de perder o emprego como resultado da condição de adoecimento por DORT e da crise econômica. As estratégias coletivas utilizadas eram predominantemente defensivas e o grupo desenvolveu alta tolerância as injustiças sofridas no cotidiano de trabalho. Na dimensão individual, observou-se submissão e resignação à sobrecarga de trabalho movida pela necessidade de subsistência. Ao término da clínica do trabalho, foi possível identificar alguns movimentos individuais de estratégia de enfrentamento, em prol da saúde, e indícios de elaboração do sofrimento. O grupo pesquisado não apresentou mobilização coletiva para emancipação política ou estratégias de enfrentamento coletivas, no que diz respeito à violência sofrida, possivelmente pela fragilidade da condição de adoecimento. |