Indicadores de poluição atmosférica no MP2,5 rural e urbano na região metropolitana de Manaus

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Santos, Erickson Oliveira dos
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/3371073288564997, https://orcid.org/0000-0002-4569-905X
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Ciências Exatas
Brasil
UFAM
Programa de Pós-graduação em Química
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
BaP
HPA
Link de acesso: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/7327
Resumo: Os processos de combustão de biomassa e de combustíveis fósseis são uma das principais causas para o aumento da concentração de partículas suspensas na atmosfera, bem como de alguns compostos químicos tóxicos. A exposição às concentrações elevadas de partículas finas (MP2,5) pode causar ou agravar problemas respiratórios devido à sua capacidade de chegar até os alvéolos pulmonares, resultando em doenças como asma, pneumonia, arritmias cardíacas etc. Dependendo da concentração de alguns compostos químicos no MP2,5, por exemplo, os Hidrocarbonetos Policíclicos Aromáticos (HPAs), a partícula pode ser mutagênica e carcinogênica ao ser humano. A cidade de Manaus e a área ao seu entorno possuem fontes potenciais desses compostos para atmosfera, porém, pouco se sabe sobre os níveis de MP2,5 e sua composição química na região metropolitana dessa cidade. Dessa forma, este trabalho avaliou o MP2,5 e as concentrações de HPAs, levoglucosano (Lev), carbono orgânico (CO), carbono orgânico solúvel em água (COSA), carbono elementar (CE), nitrato (NO3-) e sulfato (SO42-), em uma área rural (Manacapuru/AM) e em uma área urbana (Manaus/AM) nos anos de 2015 e 2016, respectivamente. As maiores concentrações de MP2,5 foram observadas no período seco do ano de 2015, atribuídas principalmente à queima de biomassa. Dentre os HPAs, o naftaleno (NAP) foi detectado principalmente no período chuvoso, e os HPAs de 5 e 6 anéis estiveram em maior concentração no MP2,5. O benzo[a]pireno (BaP), considerado cancerígeno e mutagênico ao homem, foi detectado exclusivamente em período de intensa queima de biomassa que ocorreu em 2015, porém seus valores estiveram abaixo do limite estipulado por agências reguladoras internacionais. Nesse período, foram observadas também na área rural as maiores concentrações de Lev, SO42-, NO3-, CO, COSA e CE. Esses dados indicam forte influência antrópica na área rural com a contribuição adicional do deslocamento da pluma de poluição da área urbana de Manaus e das queimadas na região metropolitana de Manaus. A concentração de MP2,5 e de seus compostos, na área urbana da cidade em 2016, foram menores que as determinadas na área rural, com exceção de SO42-, NO3-, visto que estes são oriundos principalmente da emissão veicular. Os resultados deste trabalho indicam que a queima de biomassa e emissão veicular são as principais fontes de MP2,5 para a atmosfera da região metropolitana de Manaus, podendo atingir níveis superiores aos recomendados pelas agências reguladoras internacionais e causar danos ao ambiente e à saúde da população.