Infecção por Chlamydia trachomatis em gestantes do município de Coari, Amazonas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Azevedo, Maria Joana Nunes de
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/4385868065542448
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Faculdade de Medicina
Brasil
UFAM
Programa de Pós-graduação em Ciências da Saúde
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/6051
Resumo: As mulheres, no período da gestação, passam por diversas alterações fisiológicas, imunológicas, hormonais e anatômicas em seu corpo, alterações estas que as deixam vulneráveis a algumas infecções. Um dos patógenos que frequentemente infecta mulheres e que pode ter considerável impacto sobre gestantes é a bactéria Chlamydia trachomatis (CT), cuja infecção é geralmente silenciosa e pode trazer sérias consequências para a mãe e o feto, tais como o parto prematuro, gravidez tubária e aborto espontâneo. O rastreamento rotineiro dessa bactéria em mulheres em idade fértil e em gestantes tem sido realizado em alguns países desenvolvidos, mas ainda não no Brasil. O objetivo desta pesquisa foi estudar a infecção por CT em gestantes atendidas nas Unidades Básicas de Saúde do Município de Coari, Amazonas, Brasil, e verificar possíveis associações entre a presença de CT e variáveis clínico-epidemiológicas. Trata-se de um estudo descritivo e transversal, com gestantes atendidas nessas unidades durante a consulta de pré-natal, entre julho de 2016 e março de 2017. As gestantes responderam um questionário contendo dados sócio-demográficos, comportamentais e clínicos. O diagnóstico da CT foi realizado pela técnica de reação em cadeia da polimerase (PCR) em amostras de urina e cérvico-vaginais. De um total de 164 gestantes selecionadas, 100 foram incluídas no estudo. A média de idade foi de 22,87 anos (DP= 6,24). A taxa de prevalência da infecção por CT encontrada foi de 18% (18/100). A prevalência da CT nas amostras de urina foi de 15% (IC95%: 8,65 – 23,53) e nas amostras cérvico-vaginais foi de 11% (IC95%: 5,62 – 18,83). A prevalência da CT foi encontrada nas gestantes com média de idade de 21,15 anos (DP=4,65), e foi maior nas que tiveram o início da atividade sexual antes dos 15 anos de idade, e nas primigesta, no entanto, somente associada com as que tiveram mais de dois parceiros nos últimos 12 meses (p= 0,022) e as que apresentaram queixa ginecológica “dor após a relação sexual” (p= 0,05). Este estudo mostrou uma alta prevalência (18%) da infecção causada por CT entre gestantes do município de Coari/AM, e reforça a necessidade do rastreio dessa infecção durante o pré-natal nessa população.