Percepção agroecológica dos agricultores familiares do assentamento "São Francisco", no Município de Canutama, AM
Ano de defesa: | 2017 |
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Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Educação, Agricultura e Ambiente - Humaitá Brasil UFAM Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/6004 |
Resumo: | Esta pesquisa foi desenvolvida no Assentamento “São Francisco” no município de Canutama - AM, com o objetivo geral de analisar a percepção dos agricultores familiares sobre as práticas agroecológicas. Para isso usou-se como metodologia de pesquisa a análise do conteúdo de entrevistas, bem como a observação dos fenômenos e fatos in loco. Na ocasião foram realizadas 28 entrevistas distribuídas em diferentes vicinais, as mesmas se deram a partir de vistas realizadas às propriedades de cada agricultor. De acordo com os resultados obtidos é possível afirmar que os agricultores percebem várias práticas agroecológicas, dentre as quais se destacam o uso de matéria orgânica para adubação e trabalho coletivo (mutirão) nas colheitas do guaraná (Paullinia cupana Kunth.). Constatou-se também, que os entrevistados encontram-se em transição agroecológica, pois os mesmos estão familiarizados com os temos agroecologia, controle biológico e compostagem, além disso, percebem a importância da mata ciliar para manutenção dos corpos de água e preservação da floresta. Com relação às práticas da agricultura convencional identificou-se que o maior problema está na utilização de agrotóxico, principalmente do herbicida no combate do capim-sapé (Imperata brasiliensis Trin.). Em relação os problemas enfrentados pelos agricultores constatou-se a falta de assistência técnica (ATER), falta de ensino médio, predominância de agricultores com idade avançada na lida do campo e dificuldade na comercialização e escoamento da produção. Outro ponto identificado que merece ser destacado, foi que, apesar do assentamento está teoricamente em uma faixa considerada como fronteira agrícola, (território com grades áreas desmatadas) expansão da pecuária em evidência. Foram poucos entrevistados que declararam ter criação de gado, tendo como justificativa, o tamanho da área insuficiente e a questão da legislação vigente que não permite abrir grandes áreas, bem como a falta de mão de obra para tocar a propriedade, isso fez com que os agricultores procurassem alternativas de produção, no caso dos entrevistados o foco está na produção de frutíferas como açaí (Euterpe oleracea Mart.), guaraná(Paullinia cupana Kunth.) e urucum (Bixa orellana Lineu.), motivos pelos quais ainda se percebe uma paisagem diversifica nas propriedades visitadas. Em geral, essa pesquisa buscou vários meandros para mostrar como os Agricultores Familiares percebem as práticas da Agroecologia, pois acreditamos que essas informações são de suma importância para a construção do conhecimento agroecológico, bem como auxiliar os gestores governamentais e não governamentais na implementação de políticas públicas pautadas no desenvolvimento rural sustentável. |