Variabilidade genética dos principais fatores de virulência em amostras Clínicas de Shigella flexneri
Ano de defesa: | 2016 |
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Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Ciências Biológicas Brasil UFAM Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/5831 |
Resumo: | A Shigella é uma bactéria gram-negativa e intracelular, responsável pelo desencadeamento da Shigelose, uma doença diarreica caracterizada pela presença de muco e sangue. Em um estudo epidemiológico realizado por nosso grupo na cidade de Manaus-Amazonas com crianças que apresentavam diarreia severa nos anos de 2007 a 2009, o gênero Shigella foi o quinto patógeno mais isolado (2,2%). A partir dos dados clínicos observamos uma sintomatologia heterogênia entre os pacientes com shigelose, desde então, nosso grupo vem investigando as características genotípicas e fenotípicas desses isolados. Shigella é uma bactéria altamente virulenta, seus mecanismos de patogenicidade se deve a presença de genes plasmidiais e cromossomais. Entre os genes responsáveis pela sua virulência temos, os genes Ipas que promovem a invasão de Shigella nas células epiteliais e a morte dos macrófagos, os genes IpaHs, que modulam a resposta imunológica do hospedeiro e as enterotoxinas Shet1 e Shet2. No presente estudo, nosso principal objetivo foi verificar a variabilidade genética dos principais fatores de virulência em amostras clínicas de Shigella flexneri. Os genes de virulência foram amplificados com iniciadores específicos desenvolvidos no estudo, os amplicons obtidos foram sequenciados e analisados. Os genes Ipa, IpaH, Set1A, Se1B e Sen foram amplificados com sucesso. Um total de 474 sequências referentes aos 19 genes de virulência de Shigella foi sequenciado, no entanto, apenas 12 genes, num total de 154 sequências foram analisadas quanto à presença de polimorfismo. Neste estudo foram identificadas 9 mutações de ponto em 5 genes de virulência de Shigella, sendo eles, o gene IpaD, SenA, IpaH3, IpaH2.5 e IpaH6. O estudo da identificação de determinantes genéticos específicos é essencial para compreender o mecanismo de patogênese e a propagação de variantes virulentas na população de Shigella. Nosso trabalho se baseia em estudos anteriores realizados por nosso grupo, uma vez que a amplificação inicial dos genes de virulência desses isolados foi ineficaz. Apesar de poucos genes serem analisados, variações de nucleotídeos foram encontradas em isolados diferentes, que podem interferir na expressão do fenótipo de virulência. Um novo sequenciamento será necessário para confirmar as variações encontradas no estudo, assim como estudos in vitro e in vivo, para verificar se essas alterações podem interferir no fenótipo de virulência das amostras clinicas de Shigella. |