O surdo e o mercado de trabalho na cidade de Manaus

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Reis, Joab Grana
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/4326050959750580
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Faculdade de Educação
BR
UFAM
Programa de Pós-graduação em Educação
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/3234
Resumo: Em sendo a sociedade capitalista extremamente competitiva e excludente, as exigências para o acesso ao mercado de trabalho vêm aumentando já que a nova organização social do trabalho estabelece novos parâmetros de ingresso no mercado e, nesta perspectiva, a competência e a qualificação são conceitos recorrentes no mundo do trabalho e no mundo da escola. Para o surdo, que é uma minoria, a situação torna-se ainda mais difícil, pois este se depara com inúmeras barreiras que dificultam sua inserção no mercado de trabalho. Dentre os entraves podemos elucidar: baixo nível de escolaridade, ausência de um ambiente lingüístico, formação profissional incipiente, visão da sociedade numa perspectiva da deficiência. Os avanços em relação ao processo de inclusão social das pessoas com necessidades especiais, na área do trabalho, se materializa com o Decreto n.º3.298/1999, que regulamenta a Lei 7.853/1989, que explicita: A Empresa com cem ou mais empregados está obrigada a preencher de 2% a 5% de seus cargos beneficiários da Previdência Social reabilitados ou com pessoa com deficiência . Apesar disto, constatamos que as condições oferecidas ainda são mínimas. Nesta perspectiva objetiva-se analisar o processo de inclusão do surdo no mercado de trabalho no setor eletroeletrônico da Zona Franca de Manaus e as barreiras enfrentadas para o acesso ao trabalho; identificar as principais dificuldades encontradas pelo surdo para sua inserção no mercado de trabalho; identificar as principais funções e cargos ocupados pelos surdos nas empresas; analisar a política de emprego das empresas para inserção do surdo no mercado de trabalho, dentro da proposta de inclusão social; verificar quais as exigências de qualificação do surdo para o mercado de trabalho. Os dados foram coletados por meio de entrevista semiestruturada em 2 (duas) fábricas do Distrito Industrial, especificamente no setor de recursos humanos e com 15 surdos trabalhadores das respectivas empresas. Os dados indicam que o baixo nível de escolaridade é um dos fatores de entrave de acesso ao mercado de trabalho, visto que o mínimo de escolaridade exigida pelas empresas é o Ensino Médio. Com relação à efetivação da lei, constatou-se a precariedade em sua implementação. Verificou-se que os cargos ocupados são no setor de produção e montagem. O acesso do surdo no mercado de trabalho é uma realidade marcada pela exclusão, considerando que não existe uma preparação nas empresas para a acessibilidade dessas pessoas, como a presença de um intérprete em cursos ou palestras. Em síntese, as práticas sociais são marcadas pelo preconceito e discriminação.