Autenticação do óleo de andiroba por RMN e ferramentas quimiométricas
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Ciências Exatas Brasil UFAM Programa de Pós-graduação em Química |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/8523 |
Resumo: | O óleo de andiroba é bastante conhecido e comercializado no Brasil e no exterior. A espécie predominante é classificada como Carapa guianensis, cuja árvore é considerada nativa da região Amazônica, podendo ser encontrada principalmente na região Norte do país. Grande parte dos estudos de óleo de C. guianensis, procurou associar a constituição química da espécie com suas propriedades medicinais, uma vez que a mesma é conhecida por suas propriedades anti-inflamatória, analgésica, inseticida, repelente, antibacteriano, antiparasítico, anticâncer, dentre outras. O óleo de andiroba é constituído em mais de 95% de material graxo (ácido palmítico, oleico, esteárico, linoleico e araquídico) e menos de 5% de material insaponificável, principalmente os limonoides (triterpenos modificados). Por se tratar de um óleo de grande valor medicinal e de não haver controle de qualidade na venda e revenda desse produto, este trabalho visou a utilização da técnica de espectroscopia de RMN de 1H 1D para desenvolver um método de avaliação e de controle de possíveis adulterações do óleo de andiroba por óleo de soja. A técnica permitiu caracterizar e identificar possíveis adulterações do óleo de andiroba com óleo de soja, em que os dados espectroscópicos foram submetidos a um estudo quimiométrico abrangendo os métodos exploratórios e classificatórios de estatística multivariada. A caracterização da cadeia graxa se deu por meio dos experimentos de RMN de 1H 1D e 2D (COSY), bem como experimentos heteronucleares 2D (HMBC e HSQC). Tais experimentos, confirmaram as características da cadeia graxa de ambos os óleos vegetais. O óleo de andiroba possui um percentual muito elevado de compostos saturados e de ácido oleico, quando existe a presença de soja em amostras de andiroba, a adulteração é observada porque aumenta a área dos sinais referentes aos insaturados, além disso a soja também possui o ácido linolênico que não está presente no óleo de andiroba. Essas informações foram úteis para interpretar o comportamento dos dados espectroscópicos por meio da quimiometria. Os métodos exploratórios aplicados nesse estudo avaliaram o comportamento e as tendências das amostras pela Análise de Agrupamento Hierárquico (HCA), Fuzzy C-Means (FCM) e Análise de Componentes Principais (PCA). A partir dos métodos exploratórios foi possível realizar o método classificatório de regressão dos mínimos quadrados parciais por intervalos (I-PLS), em que foi proposto um modelo para estimar o quanto de adulteração estava presente em cada amostra comercial adquirida nos comércios e feiras da cidade de Manaus. Para isso, construiu-se um banco de dados de adulteração conhecida, cuja combinação binária do óleo padrão de andiroba mais óleo de soja foram utilizados para validar o método de calibração. Além de classificar as amostras em íntegras e adulteradas, também foi possível estimar a adulteração detectada nas amostras comerciais. |